O que pesa contra os paraibanos nas delações da Odebrecht.
Lindbergh
Farias, Cássio Cunha Lima e Vital Filho (Vitalzinho)
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Finalmente, começa a vir à
tona a denominada ‘delação do fim do mundo’, originária de ex-executivos da
empreiteira Odebrecht.
Respingos em três
paraibanos, sendo que dois deles já eram aguardados: Vital Filho (ex-presidente
das CPIs da Petrobras no Congresso Nacional) e Lindbergh Farias, o paraibano
que fez carreira política no Rio de Janeiro e que atualmente disputa a
presidência nacional do PT.
O repasse de R$ 4,5
milhões em propinas para as campanhas de 2008 e 2010 é a acusação que pesa
contra Lindbergh.
O petista é identificado
nas planilhas do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht como “Lindinho”.
Em contrapartida às
doações, o petista, ex-prefeito do município de Nova Iguaçu/RJ, teria
beneficiado a Odebrecht em contratos administrativos relacionados ao programa
‘Pró-Moradia’.”
“Assim como das outras
vezes, estou convicto que o arquivamento será o único desfecho possível para
esse processo. Novamente justiça será feita”, reagiu Farias.
No caso de Vitalzinho, é o
segundo inquérito que será aberto contra ele na ´Lava Jato´.
Ele foi citado pelos
delatores como um dos beneficiários de R$ 10 milhões em vantagens indevidas,
supostamente solicitadas pelo ex-presidente da Transpetro (ligada à Petrobrás)
Sérgio Machado.
A quantia teria sido paga
entre 2012 e 2014.
A outra investigação
acerca do atual ministro do TCU no Supremo diz respeito à suspeita de ter
recebido pagamentos para ´blindar´ empreiteiros da Lava Jato de investigações
nas CPIs que ele presidia.
“O ministro está à
disposição das autoridades e confia que será comprovada a falta de relação
entre ele e os fatos investigados”, afirmou Vital Filho em nota, via
assessoria, salientando adicionalmente que os seus advogados ainda não tiveram
acesso ao conteúdo das delações.
O terceiro nome é o do
senador Cássio. Conforme a documentação encaminhada pela Procuradoria Geral da
República, a menção ao nome de CCL teve origem nos depoimentos de Alexandre
José Lopes Barradas e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis.
Os dois citados declararam
que o parlamentar pediu e recebeu, por meio de um intermediário identificado
como Luís, o valor de R$ 800 mil, em meados de 2014.
Na ocasião, ele era candidato
ao governo da Paraíba.
O pagamento tinha o
objetivo de receber, como contrapartida, obras de saneamento na Paraíba.
O ´tucano´ ganhou o
apelido de “Prosador” na planilha.
* fonte: coluna Aparte,
com Arimatea Souza
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