UFCG perde r$ 64 milhões em repasses do governo federal e vive crise.
A Universidade Federal de
Campina Grande (UFCG) deixou de receber em três anos repasses do Governo
Federal na ordem de R$ 64 milhões. O contingenciamento vem ocorrendo desde 2014
e aumentando ao longo dos anos. No orçamento para este ano, o repasse de 50%
desse valor foi liberado em parcelas para a instituição e a reitoria já fala em
problemas para gerir alguns setores.
De acordo com o reitor
Vicemário Simões, que assumiu o gabinete após a posse em fevereiro, o ano de
2017 houve uma redução de 6,8% no orçamento. “No ano de 2017, houve redução, na
ordem de 6,8%, no orçamento comparado com 2016, além de contingências
orçamentárias nas categorias de despesa. Também há falta de regularidade no
repasse de limite orçamentário e liberação de recursos financeiros”, informou o
reitor através de sua assessoria.
Segundo o gabinete,
praticamente todos os setores da universidade vêm sendo atingidos pela crise.
“Todos os setores da Universidade estão atingidos pelas medidas de corte e
contenção orçamentárias, tais como bolsas acadêmicas, auxílio a estudantes,
prestação de serviços continuados (terceirização de mão-de-obra, energia, água,
telecomunicações, manutenção e instalação de equipamentos, entre outros), além
de realização e participação em eventos acadêmicos”, repassou a reitoria.
Para o diretor da Associação
dos Docentes da Universidade (Adufcg), Luciano Queiroz, as bolsas estudantis de
monitoria e do Programa de Auxílio ao Ensino de Graduação (Bolsa Reuni) estão
sendo repassadas com atrasos de até três meses.
“Desde que foi criada, há
mais de 10 anos, não sabemos com clareza do orçamento, das obras concluídas e
inconclusas. Sempre cobramos da reitoria pela abertura de contas da
universidade, para saber o que está sendo cortado. As informações repassadas
são muito abstratas, mas o que está havendo é que o restaurante universitário
fechou e o reitor disse que o dinheiro que tem só dá para manter a universidade
até julho. Os casos mais problemáticos são a falta de residência universitária,
o restaurante universitário, que está fechado desde o início do semestre, e o
atraso de bolsas da monitoria e o Reuni. Estudantes passam até três meses sem
receber”, afirmou.
Jornal Correio
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