Meirelles confirma que governo estuda usar FGTS no lugar do seguro-desemprego.
O ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, confirmou hoje (23) que o governo estuda utilizar o Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para substituir o pagamento do
seguro-desemprego. A medida foi divulgada pelo jornal O Globo e, segundo
Meirelles, está em “fase embrionária”.
Segundo a reportagem, o
governo pretende usar o saldo do FGTS e a multa de 40%, paga nos casos de demissão
sem justa causa, para repassar três parcelas ao trabalhador, substituindo o
seguro-desemprego. O valor mensal seria equivalente ao último salário recebido
pelo empregado. Após esse período, se permanecer sem colocação, o trabalhador
poderia dar entrada no seguro-desemprego e receber o restante do saldo do FGTS.
“Existem discussões na área
econômica do governo, seja no Ministério da Fazenda, seja no Ministério do
Planejamento, seja em outras áreas em diversos níveis, sobre diversas coisas
que possam induzir o país a voltar a crescer” disse Meirelles ao ser perguntado
sobre o assunto após participar de um evento promovido pela Câmara Americana de
Comércio (Amcham) em São Paulo.
O ministro também comentou a
suspensão das importações de carne bovina fresca brasileira pelos Estados
Unidos, anunciada ontem (22), e disse que o Brasil prestará os esclarecimentos
necessários para reverter a decisão norte-americana.
“Compete à Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos [Apex] fazer o trabalho
no sentido de assegurar que as dúvidas e preocupações dos outros países sejam
resolvidas, e o país volte a exportar normalmente”, declarou.
Reforma Trabalhista
Durante o evento, o ministro
recebeu um manifesto da Amcham em apoio às reformas trabalhista, previdenciária
e tributária. Apesar da rejeição da proposta de reforma trabalhista do governo
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, Meirelles mostrou otimismo com
a votação do texto no plenário.
“Um senador que perdeu o
voo, outro que teve uma questão de partido, outro com uma questão familiar.
Então, tiveram diversas questões que fizeram com que isso, ocasionalmente,
ocorresse. Agora, nós acreditamos que a reforma deve ser aprovada e deve ser implantada.
”
Agência Brasil
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