Número de homicídios sobe 104% em dez anos na PB, mas taxa cai desde 2011.
O número total de homicídios
na Paraíba mais do que dobrou em dez anos, de acordo com pesquisa do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgados nesta segunda-feira (5).
Enquanto em 2005 foram registrados 745 homicídios, em 2015 foram 1.522.
Apesar deste pulo, desde
2011 a taxa em relação ao tamanho da população está caindo. Enquanto em 2005 a
taxa de homicídios no estado era de 20,7, em 2011 ela chegou a 42,6 e foi
caindo até chegar 38,3 em 2015, de acordo com o relatório do Ipea.
O registro de jovens entre
15 e 29 anos mortos de forma violenta acompanhou o movimento do número geral na
Paraíba, mais do que dobrando em dez anos. Foram 828 mortes em 2015 contra 403
em 2005. Da mesma forma, o número cresceu até 2011, quando foram 915 crimes,
quando começou a cair. Mesmo com o crescimento da população, a taxa de crimes
para cada 100 mil habitantes demonstra que o volume de mortes cresceu de forma
mais veloz, pulando de 38,1 em 2005 para 82,9 em 2015.
Cidades mais violentas
Entre as cidades, Santa Rita
registrou 100 homicídios em 2015, o que representa uma taxa de 74,1 mortes para
cada 100 mil habitantes no ano, o mais alto da Paraíba. Este resultado fez com
que a cidade esteja na lista das 30 cidades mais violentas do Brasil, ocupando
a 22ª colocação.
No ranking paraibano, João
Pessoa tem o maior número absoluto de mortes, com 467 homicídios e 9 Mortes
Violentas com Causa Indeterminada (MVCI). Mas, proporcionalmente, a capital
ocupa a segunda colocação, já que somando os dois tipos de crime, a taxa é de
60,1 para cada 100 mil habitantes.
Por conta da diferença no
tamanho da população das cidades, Patos, no Sertão, ficou com taxa mais alta
que Campina Grande, no Agreste, apesar de ter um total menor de crimes. No
terceiro lugar na proporção, Patos registrou 58 homicídios e 2 MVCI, com taxa
de 56,4 crimes para cada 100 mil habitantes. Já Campina Grande fica em quarto
lugar, com 169 homicídios e taxa de 41,7 para cada 100 mil habitantes.
O estudo do Ipea também
registra as Mortes Decorrentes de Intervenção Policial (MDIP), que somaram 15
em 2015, todos por policiais em serviço, número quase 35% ao registro de 2014.
G1
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