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MP pede arquivamento de investigação de Lula por obstrução de justiça.


O procurador Ivan Marx, da Procuradoria da República em Brasília, pediu arquivamento de uma das investigações por obstrução de justiça do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abertas a partir da delação do ex-senador Delcídio do Amaral.

Com a manifestação do procurador, o pedido de arquivamento da investigação será enviado à Justiça Federal. Se o juiz concordar com o procurador, o caso será arquivado.

O pedido, ao qual a TV Globo teve acesso, é para arquivar o caso em que Lula teria pedido a criação de uma espécie de gabinete de crise no Senado contra a Lava Jato.

Segundo a delação, Delcídio relatou que Lula tentou persuadir os senadores Renan Calheiros e Edison Lobão, do PMDB, a criar no Senado uma comissão de acompanhamento da Operação Lava Jato, com a finalidade explícita de contraporem o que estava sendo divulgado na mídia.

Na delação, Delcidio ressaltou, ainda, que Lula queria que esse grupo fizesse o contraponto em relação àquilo que estava ocorrendo e que se protegesse o legado do ex-presidente.

Na delação, o ex-senador disse : “Na prática, o efeito pretendido era o de embaraçar as investigações da Lava Jato”.

O procurador Ivan Marx também se refere a uma segunda investigação – que ainda não teve parecer do MPF. É a suspeita de que Lula está envolvido na compra de silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró – para que este não fechasse delação.

Sobre esse segundo caso, o procurador fala a respeito de interesses de Delcídio. Marx diz: "ressalte-se de não estar aqui adiantando a responsabilidade ou não do ex-presidente Lula naquele processo mas apenas demonstrar o quanto a citação do seu nome ainda que desprovida de provas em determinados casos pode ter importado para o fechamento do acordo de Delcidio inclusive no que se refere a amplitude dos benefícios recebidos”.

O procurador conclui: "Assim, a criação de mais um anexo com a implicação do ex-presidente em possíveis crimes era sim de interesse de Delcidio. Por isso, sua palavra perde credibilidade”.



G1

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