Na Paraíba, CNM apresenta sugestões de emendas à MP do parcelamento da dívida previdenciária.
Durante audiência pública da
Comissão Especial do Senado que analisa a Medida Provisória (MP) 778/2017, a
Confederação Nacional de Municípios (CNM) apresentou nesta sexta-feira, 7 de
julho, as sugestões do movimento municipalista para que possam ser inseridas em
emendas junto à MP. O texto, assinado pelo presidente da República, Michel
Temer, durante a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, prevê o
reparcelamento das dívidas previdenciárias dos Municípios.
O encontrou reuniu mais de
150 gestores da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. A CNM foi
representada pelo primeiro secretário da entidade, Eduardo Tabosa, e pelo
consultor André Amorim. A audiência pública foi realizada em João Pessoa, no
auditório do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE) e contou com a
presença do senador Raimundo Lira (PMDB-PB), relator da MP na Comissão Especial
e do presidente do Tribunal, André Carlos.
Durante a participação da
CNM, Amorim elencou as 10 sugestões que podem ser acrescentadas ao relatório de
Lira, sendo que duas delas a entidade tinha apresentado ao deputado Herculano
Passos (PSD-SP). Entre as reivindicações, estão a prorrogação para a adesão ao
parcelamento para o final de 2017, ampliar a redução das multas de 25% para 40%
(isonomia com a MP 783) e incluir o parcelamento especial para as dívidas dos
entes com seus Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) em sistemática
similar à do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
Outros pleitos
A CNM também pede agilidade
nos processos de compensação previdenciária e correção dos valores pelo mesmo
critério que a União corrige as dívidas dos Municípios com o RGPS. Outra
reivindicação é garantir que mesmo com a desistência das ações judiciais, os
Municípios poderão discutir valores controvertidos da dívida parcelada no
encontro de contas ou no Carf.
O movimento municipalista
sugeriu a inclusão do parcelamento especial para o Programa de Integração
Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) nos
mesmos moldes do parcelamento de 2013 (Lei 12.810/2013) e acabar, desde 2000, a
incidência do PASEP sobre os recursos dos RPPS, da mesma forma que ocorre com
os fundos de pensão.
Concessões
A Confederação ainda
solicitou em suas reivindicações a permissão para que os RPPS possam conceder
empréstimos consignados para seus segurados, da mesma forma que ocorre com os
fundos de pensão e permitir que o déficit atuarial dos RPPS possa ser
equacionado com alíquota suplementar ao longo dos 75 anos da avaliação
atuarial.
Além disso, pediu a
aprovação das duas emendas apresentadas ao deputado Herculano Passos. A
primeira suprime o inciso que prevê rescisão sumária em razão de um único
atraso de parcela e a segunda estabelece critérios para a realização de efetivo
encontro de contas.
Emendas devem ser acatadas
Em seu discurso, Raimundo
Lira, lembrou que tem dialogado com o presidente da Federação das Associações
de Municípios da Paraíba (Famup), Tota Guedes. O parlamentar demonstrou que
pretende atender as reivindicações do movimento municipalista. “Vamos acatar as
propostas encaminhadas pela Famup, através do presidente Tota Guedes, com quem
tenho conversado constantemente”, disse.
A entidade municipalista
conduziu a mobilização no Estado e na organização da audiência pública desta
sexta-feira. Ao final do encontro, os gestores também fizeram um
abaixo-assinado para reforçar as reivindicações dos Municípios em relação à MP
778/2017.
Agência CNM, com informações
da Famup
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