Saúde incentiva licença-paternidade ampliada para apoio à amamentação.
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O Ministério da Saúde lançou
hoje (4) um documento para orientar pais e empresas sobre o benefício da
licença-paternidade estendida. A iniciativa foi anunciada durante a
apresentação da Campanha Nacional de Aleitamento Materno de 2017, em Curitiba
(PR), que este ano incentiva o envolvimento do homem nos cuidados com o filho e
maior proximidade com a mãe. A nota técnica está disponível na página do
Ministério da Saúde.
Pelo novo Marco Legal da
Primeira Infância, os pais podem prorrogar de cinco para 15 dias o período,
desde que comprovado o seu envolvimento com o desenvolvimento do bebê. O
benefício é concedido a funcionários de empresas que aderiram ao Programa
Empresa Cidadã.
Para a concessão, os pais
podem entregar a declaração do profissional de saúde informando a participação
no pré-natal, em atividades educativas durante a gestação, ou visita à
maternidade. Também poderá ser entregue o comprovante do curso online Pai
presente: cuidado e compromisso promovido pela pasta.
A Semana Mundial de
Amamentação começou na terça-feira (1º) e vai até o dia 7 de agosto com o
objetivo de incentivar o aleitamento materno e, com isso, melhorar a saúde dos
bebês. Com o slogan “Amamentar: ninguém pode fazer por você. Todos podem fazer
junto com você”, a campanha deste ano tem como objetivo fortalecer a
participação e o cuidado de pais, familiares, empresas, educadores e toda a
sociedade no processo de aleitamento, garantindo a alimentação exclusiva com
leite materno até os seis meses de vida.
Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a
amamentação é uma das formas mais eficazes de garantir a saúde e a
sobrevivência dos recém-nascidos. Ela é capaz de reduzir em 13% a mortalidade
por causas preveníveis em crianças menores de 5 anos, além de proteger a
criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias. Outro
benefício é reduzir o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto,
diabetes e obesidade na vida adulta.
A recomendação é que o bebê
seja amamentado imediatamente após o nascimento e de forma exclusiva com leite
materno até os 6 meses de vida. Após o primeiro semestre, deve-se incluir
alimentos nutritivos como complementação ao leite. Posteriormente, até os 2
anos de vida da criança, o leite materno deverá servir como complemento à
alimentação.
O leite materno tem tudo o
que o bebê precisa até os 6 meses, inclusive água. Segundo o Ministério da
Saúde, no Brasil, 67,3% das crianças mamam na primeira hora de vida. Apenas 41%
das crianças menores de seis meses tiveram alimentação exclusivamente por leite
materno; a duração média do aleitamento exclusivo é de 54 dias.
Hospital
Amigo da Criança
Hoje, o ministro da Saúde,
Ricardo Barros, assinou a habilitação de 28 instituições na Iniciativa Hospital
Amigo da Criança (IHAC), em todo o país, duas delas do Paraná. Com a medida, a
pasta quer diminuir a mortalidade infantil por meio do estímulo à prática da
amamentação, além de mobilizar e capacitar profissionais de saúde na atenção ao
aleitamento materno, buscando evitar o desmame precoce.
A iniciativa terá impacto
financeiro de R$ 4 milhões em 2017, segundo o ministério.
Salas
de amamentação
Ainda na solenidade, o
ministro entregou dez placas de certificação às empresas, privadas e públicas,
que implantaram salas de apoio à amamentação no estado do Paraná. Atualmente, o
país possui 200 salas certificadas pelo Ministério da Saúde, com capacidade de
beneficiar até 140 mil mulheres. Em 2014, eram 16 salas de apoio à amamentação.
A ação surgiu em 2010 com o
objetivo de apoiar a mulher que retorna da licença-maternidade e deseja
continuar amamentando o filho. As salas de apoio à amamentação são locais
simples e de baixo custo para as empresas, onde a mulher pode retirar o leite
durante a jornada de trabalho e armazená-lo corretamente para que, ao final do
expediente, possa levá-lo para casa e oferecê-lo ao bebê.
Agência Brasil
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