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VERGONHA: Vídeo mostra prefeito em exercício de Bayeux pedindo dinheiro a empresário.

Imagem ilustrativa - da Internet
Luiz Antônio teria pedido R$ 200 mil em troca de ‘benesses” quando ele assumisse a prefeitura.

O prefeito em exercício de Bayeux, Luiz Antônio (PSDB), é o mais novo personagem da crise que resultou no afastamento do prefeito, Berg Lima (sem partido). Ele foi gravado em vídeo numa conversa pouco republicada com um empresário da cidade. O interlocutor é Ramon Acioli, ex-secretário da Indústria e Comércio do Município, na gestão de Lima. Ele deixou o governo acusando o gestor afastado de ter contratado servidores fantasmas. No vídeo, Luiz Antônio teria pedido R$ 200 mil para que um “escândalo” contra prefeito ganhasse as ruas com estardalhaço.

A gravação, feita pelo circuito interno do escritório de Ramon Acioli, teria ocorrido um dia antes da prisão de Berg Lima. Ele foi preso no dia 5 de julho, quando negociava com um dos fornecedores da prefeitura o pagamento de propina para liberar o pagamento de faturas em atraso. A referência, inclusive, é feita por Luiz Antônio no novo vídeo. Berg foi preso em flagrante em ação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e com a participação da Polícia Civil. Ele foi gravado por um empresário que tentava receber recursos contingenciados. Ao receber o dinheiro, Berg ligou para a prefeitura e autorizou o pagamento.

Na nova gravação, tendo como alvo Luiz Antônio, ele fiz a Ramon Acioli que tem gravações comprometedoras contra Berg. Garante que a saída do prefeito do poder é questão de dias. O dinheiro seria para pagar empresas de comunicação que divulgariam as irregularidades. Após isso, ele garantiu, o Ministério Público da Paraíba cairia em cima do assunto. No vídeo, o empresário pede para ver o material e recebe a promessa de que ele será repassado. Acioli, então, questiona pagar por uma coisa sem ver o resultado final do que foi conseguido.



A defesa de Berg Lima aproveitou a divulgação do material para apontar suposta “armação contra o prefeito afastado”. “O vídeo estarrecedor do vice-prefeito Luiz Antonio, divulgado hoje, comprova com precisão o que a defesa de Berg Lima defende desde o início: que aquele malfadado encontro foi fruto de uma absoluta armação e não houve qualquer crime por parte de Berg”, revela o advogado Raoni Vita. “Observe que nesse vídeo, o vice-prefeito narra, com poderes de premonição, o que iria ocorrer no dia seguinte, e que precisaria de 200 mil reais para pagar ao fornecedor”, acrescenta.

Ministério Público

O coordenador do Gaeco, do Ministério Público, Octávio Paulo Neto, revelou que foi aberto um procedimento contra Luiz Antônio há pelo menos um mês. Entre os pontos investigados, ele ressalta a possibilidade de tentativas do vice-prefeito de armar contra o prefeito afastado. As novas investigações, no entanto, não anulam o flagrante contra Berg Lima. Ele explicou que o vídeo e o vasto material coletado em relação ao prefeito é suficiente para justificar a denúncia formulada pelo Ministério Público. “Houve o registro de um prefeito pedindo dinheiro a um fornecedor como condição para fazer o pagamento das dívidas do Município com o empresário. Isso não muda”, ressaltou.

Procurada pela CBN, a assessoria de imprensa do prefeito em exercício Luiz Antônio disse que o gestor ainda não se pronunciou sobre o assunto e estuda a concessão de entrevista coletiva. Na Câmara Municipal de Bayeux, há uma movimentação para pedir o impedimento também do prefeito em exercício.

O empresário Ramon Acioli não foi localizado para comentar o assunto.

Resposta da TV Cabo Branco

Em um determinado momento do vídeo, o então vice-prefeito alega que estava pedindo propina para comprar a imprensa: ele cita espaços em blogs, portais e cita nominalmente as TVs Cabo Branco e Tambaú. Sobre essa citação, a direção da TV Cabo Branco destaca que combate categoricamente qualquer ato de corrupção e afirma que repudia o fato do prefeito em exercício, Luiz Antônio, usar o nome da TV Cabo Branco para pedir propina. A TV esclarece que não tem controle sobre o discurso usado por políticos em suas negociações.



*Suetoni Souto Maior

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