Alckmin assume PSDB e tenta contrapor Lula. “Ele será condenado nas urnas pela maior recessão da nossa história” - disse Alckmin.
O governador Geraldo Alckmin
vai se oferecer como um contraponto à possível candidatura do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e dirá que o petista "será condenado nas urnas
pela maior recessão da nossa história".
O governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, assume hoje o comando do PSDB com a preocupação de apresentar
um discurso capaz de credenciá-lo como candidato do centro político na disputa
presidencial de 2018.
Alckmin vai se oferecer como
um contraponto à possível candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e dirá que o petista “será condenado nas urnas pela maior recessão da
nossa história”.
“As urnas o condenarão pelos
15 milhões de empregos perdidos, pelas milhares de lojas fechadas, sonhos
desfeitos e negócios falidos. As urnas o condenarão pela frustração dos
projetos de milhões de famílias levadas ao desespero, por ter sucateado o SUS e
atentado contra a saúde de todos os brasileiros”, diz trecho do discurso que o
tucano preparou para a convenção nacional da sigla, em Brasília.
O evento que marcará a posse
de Alckmin na presidência do PSDB também será um lançamento informal da segunda
candidatura dele a presidente da República - na primeira disputa, em 2006, foi
derrotado por Lula no segundo turno.
O governador paulista vai
tentar se viabilizar eleitoralmente como o mais preparado para liderar o campo
antipetista e retomar a polarização que marcou as últimas eleições
presidenciais.
“Nós os derrotaremos nas
urnas”, dirá Alckmin ao se referir ao ex-presidente. Lula já está em
pré-campanha pelo País, mas pode ser condenado em segunda instância pela Justiça
Federal e ter de travar uma batalha judicial pelo direito de concorrer na
eleição. Lula lidera as pesquisas de intenção de voto, seguido por Jair
Bolsonaro (PSC-RJ).
O objetivo do PSDB sob a
chefia de Alckmin é passar a ideia de que o paulista tem mais condições de dar
seguimento a uma agenda de reformas e recuperação econômica. Para tucanos, o
desgaste de Lula no aspecto ético não está consolidado, como indica a queda no
índice de rejeição ao petista detectada na pesquisa Datafolha - chegou a 57
pontos porcentuais em 2016 e no mais recente levantamento atingiu 39 pontos.
A fala de Alckmin na
convenção estava sendo cuidadosamente construída ontem para evitar melindres
com o próprio partido e com a gestão do presidente Michel Temer.
O governador paulista passa
a comandar o PSDB na crise mais aguda da legenda - dividida em relação ao
governo federal, também atingida pela Operação Lava Jato, hesitante na defesa
de bandeiras históricas, e sob críticas e a desfiliação de importantes
teóricos. Por isso, vai insistir na necessidade de união interna do partido.
Conforme auxiliares, Alckmin
adotará um tom “incisivo” ao dizer que o PSDB “está vivo” e tem força para
liderar o movimento do “próximo ciclo” da política.
Agência Estado
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