Etíope Dawitt Admasu arranca nos últimos 5km e é bicampeão da São Silvestre.
Em uma manhã nublada e com
chuva em São Paulo, o etíope Dawitt Admasu e a queniana Flomena Cheyech foram
os mais rápidos entre os 30 mil participantes da 93ª edição da São Silvestre,
neste domingo. Admasu arrancou nos últimos 5km para levar seu segundo título na
tradicional prova brasileira de 15km, enquanto Flomena dominou quase todo o
percurso e cruzou a linha de chegada em primeiro, após ter batido na trave em
2016. O Brasil ficou longe do pódio. Joziane Cardoso ficou em 10º, e Ederson
Vilela foi 11º.
- Quero agradecer à torcida
de São Paulo, que me ajudou. Eu treinei duro, me preparei bem, então estou
muito feliz - disse Admasu.
Nos 5km de prova, um choque
entre dois corredores do primeiro pelotão mudou os rumos da disputa. O queniano
Edwin Rotich e o brasileiro Wellington Bezerra, o Cipó, estavam no grupo
principal quando se chocaram e caíram no chão. Apesar do susto, os dois se
recuperaram e conseguiram alcançar novamente os líderes. Wellington, no
entanto, não manteve o ritmo por muito tempo e ficou para trás.
O queniano Edwin (foto), foi
guerreiro e aguentou o ritmo forte do Dawitt Admasu até os 10km, mas também não
conseguiu ir além. O atleta da Etiópia, que já havia sido campeão em 2014,
acelerou nos 5km finais de prova e conquistou o bicampeonato da São Silvestre,
com o tempo de 44m15s. O etíope Belay Bezabh terminou em segundo lugar
(44m33s), seguido pelo queniano bicampeão da prova Edwin Rotich (44m43s).
O Brasil ficou longe do
pódio no masculino e no feminino. A melhor colocação foi o 10º lugar de Joziane
Cardoso. No masculino, o brasileiro mais bem colocado foi Ederson Vilela, em
11º lugar. O último do país a vencer foi Marilson Gomes dos Santos, em 2010. No
feminino, Lucélia Peres foi a última brasileira campeã, em 2006, ano que teve
dobradinha dos anfitriões com Franck Caldeira.
- Estou feliz pela minha
colocação, por ter sido a primeira brasileira. Consegui fazer boas provas neste
ano, obtive pódios. Foi muito bom fechar a São Silvestre sendo a primeira
brasileira. Vou focar e me dedicar ano que vem para estar entre as cinco do
pódio - disse Joziane.
Queniana domina com
tranquilidade e leva o título
O início da disputa feminina
poderia propor que a briga seria apertada. Até os primeiros 5km de prova, um
grupo grande mantinha a liderança. Mas, na metade da prova, a queniana Flomena
Cheyech apertou os passos e começou a construir sua vitória. Depois de ser vice
em 2016, desta vez, Flomena não quis perder a chance de subir no alto do pódio
e foi se distanciando cada vez mais das rivais até cruzar a linha de chegada em
primeiro com larga vantagem, em 50m18s.
- Estou feliz. A prova foi
muito boa. Corri sozinha, mas não foi fácil. Eu treinei muito no Quênia. Ano
passado eu fiquei um pouco insegura, e por isso fiquei em segundo lugar. Neste
ano estava mais bem treinada e fui confiante - disse Flomena.
As segunda e terceira
colocadas, Sintayehu Hailemichael e Birhane Dibaba, as duas da Etiópia,
chegaram quase juntas, em 50m55s e 50m77s.
G1
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