MPF desiste de pedir perícia de recibos apresentados pela defesa de Lula.
O Ministério Público Federal
(MPF) apresentou nesta segunda-feira (18) petição à Justiça Federal desistindo
da solicitação da realização de perícia nos recibos de aluguel apresentados
pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referentes ao
apartamento 121 do edifício Hill House, em São Bernardo do Campo, na Grande São
Paulo. Os recibos estão assinados pelo proprietário do imóvel, Glauco da
Costamarques.
Após a colheita da prova
oral, não mais persiste a postulação de realização de prova pericial porque os
aspectos pontuais atinentes à confecção dos documentos de que se trata, que se
pretendia acharar por prova técnica, já etão suficientemente elucidados.
Ademais, todo acerto probatório patenteia, deforma inequívoca, que os recibos
carreados aos autos constituem falsos ideológicos, já que o que se apôs nesses
escritos não correspondente à verdade das declarações ali feitas”, diz o texto
da petição.
Para o MPF, que denunciou
Lula e Glauco da Costamarques pela prática do crime de lavagem de dinheiro, o
apartamento foi adquirido para o ex-presidente e sua real propriedade foi
dissimulada por meio de um contrato de aluguel. Segundo o MPF, o imóvel, que tem
valor de R$ 504 mil, constituía parte do montante de R$ 800 mil provenientes de
crimes de organização criminosa, cartel, fraude à licitação e corrupção
praticados pelos executivos do grupo Odebrecht.
De acordo com a defesa do
ex-presidente, não há provas das acusações feitas contra Lula. Segundo seu
advogado, Cristiano Zanin Martins, movimentações nas contas bancárias de
Costamarques mostram valores em espécie compatíveis com o recebimento dos
aluguéis, “não tendo ele ou o MPF feito qualquer prova de que tais valores não
têm essa origem”.
“A defesa juntou as vias
originais dos recibos para serem periciados, mas o MPF, após verificar que os
documentos são autênticos, desistiu da perícia. O Sr. Glaucos da Costamarques
confirmou em seu depoimento que assinou os recibos. Uma perícia preliminar por
nós apresentada também confirmou que os documentos são autênticos e que não
foram assinados em uma única oportunidade”, destacou o advogado do
ex-presidente.
Agência Brasil
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