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Mulher de gerente é feita refém e agência dos Correios é roubada no RN; sem PMs nas ruas, estado vive crise na segurança.


Bandidos armados fizeram refém a mulher do gerente dos Correios de Tenente Laurentino Cruz, na região Seridó potiguar, e levaram todo o dinheiro do cofre da agência. O crime aconteceu na manhã desta quinta-feira (28). Ninguém foi preso. Em Ceará-Mirim, na Grande Natal, a agência dos Correios da cidade também foi assaltada. Sem PMs nas ruas desde o dia 19, o estado vive uma crise sem precedentes na segurança pública.

Somente na Grande Natal, foram registrados mais de 450 crimes de arrombamentos, furtos e roubos nestes últimos 9 dias. Neste mesmo período, 59 pessoas foram assassinadas no estado.

Na manhã desta quinta (28), uma loja de departamentos foi alvo de um arrastão no centro de Natal. Em Mossoró, segunda maior cidade do estado, lojas também foram saqueadas durante esta madrugada. Criminosos invadem um dos estabelecimentos e levam roupas.

Na noite desta quarta, uma delegacia de Natal foi invadida, motos depenadas e bicicletas furtadas.

Correios assaltados

De acordo com a PM, o roubo em Tenente Laurentino Cruz foi feito no início da manhã por três homens que chegaram de carro na residência do gerente e fizeram ele e a mulher dele reféns. Enquanto um dos bandidos ficou em casa com a mulher, os outros dois partiram para os Correios levando o gerente. Lá, eles saquearam toda a quantia que havia no cofre.

Ainda segundo a polícia, os criminosos levaram o gerente de volta para casa e deixaram ele e a esposa amarrados. Os assaltantes fugiram no mesmo carro que chegaram e abandonaram o veículo na saída da cidade. A PM acredita que outro automóvel deu apoio aos bandidos.

Em Ceará-Mirim, a PM confirmou que o crime foi às 8h. Dois homens, que sequer mostraram armas, entraram na agência como clientes, foram direto ao gerente e anunciaram o assalto. Com medo, o gerente entregou o dinheiro do caixa. Em seguida, a dupla fugiu.

Crise na segurança

Com salários atrasados, o estado enfrenta paralisações da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil. Eles pedem regularização dos salários atrasados e melhores condições de trabalho. Desde a terça-feira (19), PMs se negam a sair dos batalhões da capital e do interior, e os policiais civis trabalham em regime de plantão. Um reforço de 70 homens e mulheres da Força Nacional foram enviados à capital para fazer o patrulhamento ostensivo.

A Justiça considerou a paralisação ilegal, mas após reunião nesta quarta-feira (27), a PM decidiu manter a posição de não ir às ruas. Já os policiais civis e delegados, que também aderiram ao movimento, marcaram para esta quinta-feira (28) uma assembleia para definir como voltarão aos trabalhos, mas durante a manhã a reunião foi reagendada para esta sexta (29). Desde a semana passada a Polícia Civil trabalha em regime de plantão, atendendo a população apenas das delegacias de plantão e regionais.

Ajuda financeira

O próprio governador anunciou nas redes sociais - no dia 21 de dezembro - que o RN receberia R$ 600 milhões do governo federal e divulgou calendário de pagamento dos salários de novembro, dezembro e 13º. Mas o Ministério da Fazenda negou o repasse após recomendação do Ministério Público de Contas. O estado recorreu da decisão administrativamente.

Na terça (26), a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, afirmou que está em estudo no Ministério da Fazenda e no Banco Mundial um plano para ajudar o Rio Grande do Norte. Segundo ela, a ajuda não envolverá recursos da União, mas, sim, um empréstimo do Banco Mundial ao estado.



G1

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