Por unanimidade, vereadora Jozelma de Aguifá vence processo na comissão de ética da Câmara Municipal de Picuí.
Vereadora Jozelma de Aguifá |
Nesta quinta-feira (18), a
Comissão de Ética da Câmara Municipal de Picuí se reuniu para julgar o Processo
Administrativo Disciplinar nº 001/2017, movido pela vereadora Maria Ednalva
Dantas contra a vereadora Jozelma Cecília da Costa Dantas. A vereadora Ednalva
acusava a parlamentar Jozelma de Aguifá de quebra de decoro parlamentar por ter
denunciado, na tribuna da Câmara Municipal de Picuí, que Ednalva responde
judicialmente pela prática do crime de formação de quadrilha, ao ter se reunido
com outros vereadores para injuriar o atual prefeito Olivânio Remígio. A
parlamentar solicitava a aplicação de penalidades à vereadora Jozelma, que
incluía até a cassação do mandato.
O advogado da vereadora
Jozelma, Dr. Joagny Augusto, em sua defesa, argumentou que o processo possuía
uma enormidade de vícios, a começar do seu recebimento pela Câmara Municipal de
Picuí. “A Presidência da Câmara Municipal de Picuí criou um verdadeiro tribunal
de exceção com o único objetivo de tentar cassar o mandato de uma vereadora que
nunca teve medo de usar a Tribuna para denunciar os crimes praticados pelos
ocupantes de cargos públicos no município de Picuí”, destacou o advogado quando
da sua sustentação oral.
Segundo o relator Ataíde
Xavier, “o processo administrativo é considerado sem competência instrumental e
sem amparo legal para seu prosseguimento. Isto posto, emitimos nosso parecer
pelo arquivamento”. A decisão pelo arquivamento foi seguida pelos demais
membros da comissão, vereadores Jean Carlos da Costa e Joaquim Vidal de
Negreiros Filho. Com isto, por unanimidade, o processo aberto pela vereadora
Ednalva foi arquivado, conforme requerido pelo advogado Joagny Augusto.
Na decisão, destacou-se,
ainda, que “a via escolhida, acolhida pela Mesa Diretora e submetida à votação
pelo Plenário, foi equivocada, por não reunir os pressupostos de
constitucionalidade, legalidade e admissibilidade a que se destina,
constituindo-se, por conseguinte, em um ato NATIMORTO”. Mais adiante, foi
afirmado que a denúncia da vereadora Ednalva “não possui qualquer consistência
jurídica para sua sobrevivência, por faltar a essa competência instrumental,
legitimidade e amparo legal”.
A vereadora Jozelma de
Aguifá comemorou a decisão e destacou: “Conseguimos provar, por unanimidade dos
vereadores membros da Comissão, o tamanho da ilegalidade que se estava
praticando na Câmara Municipal de Picuí. Queriam cassar meu mandato. Ficaram só
na vontade! Este mandato foi conquistado com muita honestidade e apoio do povo
de Picuí. Não retiro uma palavra do que falei. Disse e provei que, realmente, a
vereadora responde um processo por associação criminosa. E não vou me deixar
calar por ameaças. Estarei sempre na Tribuna da Casa Francisco Eduardo de
Macedo defendendo os direitos do povo e denunciando os desmandos que tiver
conhecimento”.
Assessoria
Nenhum comentário