A cartela de remédio foi minha salvação', diz vereador atingido por tiro durante assalto em Olhos D'água.
Um vereador da cidade de
Olhos D’água, no Norte de Minas, ainda se recupera dos ferimentos causados por
um tiro durante um assalto. Marcos Aurélio Dias (PP) seguia para Bocaiuva
quando foi interceptado por dois adolescentes na rodovia MG-451, na sexta-feira
(2).
"Eles apareceram
armados e anunciaram o assalto. Eu nem acreditei que iriam atirar. Já com a
moto parada, o que estava à minha esquerda atirou, no momento eu só achava que
iria morrer", diz Marcos Aurélio.
O vereador carregava uma
mochila à frente do corpo, pois dava carona para uma mulher, que não teve
ferimentos. Na mochila estavam algumas cartelas de medicamentos que receberam o
impacto e amorteceram o tiro. A bala atravessou a bolsa, os remédios, e ainda
perfurou uma blusa que eu vestia. Agradeço primeiramente a Deus. E a cartela de
remédio foi minha salvação. Eles foram comprados dias antes do crime, quando
fiz uma extração do dente ciso", explica.
Logo após ser atingido, o
vereador percebeu que o ferimento foi apenas superficial. "Logo chegou uma
viatura, e eu ainda ajudei a procurar os adolescentes. Depois passei no médico,
mas não foi nada grave. Graças a Deus não tive nenhuma complicação. Somente um
ferimento na pele mesmo".
Segundo a Polícia Civil, os
dois menores envolvidos no crime já foram identificados. Nessa segunda-feira
(5) foram recuperados os materiais e a motocicleta roubados do vereador.
"Nós identificamos os envolvidos e devemos pedir a apreensão deles. Quanto
ao ferimento na vítima, creio que os remédios amenizaram sim, o impacto. Com certeza
o ferimento seria bem mais grave, caso não atingissem a cartela de remédio
primeiro", disse o delegado que investiga o caso, Leonardo Diniz.
Enquanto se recupera do
ferimento e também do susto, o vereador tenta esquecer o momento de angústia
vivido durante o crime. "Na primeira noite nem dormi, pensando no que
podia ser feito. Assim, eu não quero o mal para ninguém, está na mão da
Justiça. Acredito que deveriam ter uma conversa com eles, algo que oriente os
adolescentes a não fazer mais isso, já que estiveram envolvidos em outros
crimes", diz Marcos Dias.
G1
Nenhum comentário