A morte que trouxe vida! Pr. Gomes Silva.
Pr. Gomes Silva |
Estamos vivendo a chamada
“Semana Santa”, um período de reflexão sobre o sacrifício, morte e ressurreição
do Senhor Jesus Cristo – que chamamos de doutrina central da teologia cristã e
o fato principal na defesa dos seus ensinos, uma verdade da igreja primitiva,
que continua nos dias de hoje.
De acordo com o apóstolo
Paulo, a importância desse evento é indescritível, pois se Jesus não
ressuscitou literalmente dentre os mortos, logo, toda fé cristã seria errônea e
ineficaz. Além disso, a pregação do evangelho não tem valor, o testemunho
cristão é falso e os crentes perecem sem qualquer esperança.
Mas, o sofrimento, a morte e
ressurreição de Jesus Cristo são reais. Ele se fez carne e habitou entre nós,
sofreu de diversas maneiras antes do sacrifício maior: A Cruz do Calvário. Ali,
ele cravou nossos pecados e sarou nossas feridas (Isaías 53:1-7) e mostrou que
era verdadeiramente o Filho Unigênito do Pai.
Mas todo esse desfecho do
sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo fazia parte da profecia do
Antigo Testamento (Isaías 7:14), que uma virgem daria luz uma criança e seu
nome seria Emanuel (Deus conosco) e que seria Ele o Salvador do mundo (Mateus
1:21-23).
Podemos comprovar no texto
bíblico de Êxodo 12, quando da instituição da páscoa. E o principal elemento
dessa festa era um cordeiro de um ano, que não podia ter defeito (Êxodo 12:5).
Isto representava, já, a crucificação de Jesus, ocorrida na sexta-feira (da
semana santa), e sem qualquer revide. Pelo contrário, sofreu humilhação, foi
desprezado e rejeitado (Isaías 53:3), pois quem o ovacionou no domingo anterior
(domingo de ramos) chegaram à sexta-feira e dizendo: “Crucifica-o”. E como um
animal que é conduzido ao matadouro, Cristo foi levado sem nada reclamar. Pelo
contrário. Ele, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se
em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se
humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz (Efésios 2:7-8).
Jesus agora está na cruz.
Sua condição no madeiro era semelhante à serpente de ouro, que Deus havia
autorizado quando o povo murmurou e reclamou da situação, dizendo a Moisés:
“Faze para ti uma serpente
ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será
salvo. Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se
alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze,
conservava a vida”. (Número 21:8-9).
Referindo-se ao texto de
Número 21:8-9, João escreveu (3:14-15): “E do modo por que Moisés levantou a
serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para
que todo o que nele crê tenha a vida eterna”.
Após a sua crucificação - o
suplício do meio-dia até às três horas da tarde -, Jesus está na cruz de braços
abertos. Ao seu lado, dois ladrões (um dos quais se arrepende e pede
misericórdia d”Ele e Cristo lhe garante o paraíso ainda naquele mesmo dia –
Lucas 23:42-43) e a sua frente um povo sem misericórdia, sem compaixão, sem
qualquer temor do que estava fazendo. Então, Jesus olha para o céu e fala:
“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou” (Lucas
23:46). E naquele mesmo instante, o véu do santuário se rasgou em duas partes
de alto a baixo, a terra tremeu, fenderam-se as rochas; abriram-se os
sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram (Mateus
27:51-52).
Mas, três dias depois, mesmo
com as armações do conselho de judeus – principais sacerdotes -, que subornara
os soldados com dinheiro para eles afirmarem que Cristo não havia ressuscita,
mas que tivera o corpo roubado pelos seus seguidores, Jesus Cristo ressuscitou,
sim. O fato foi real. Da maneira como havia sido predito pelos profetas.
A Bíblia relata que na
madrugado do domingo, Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago (Lucas 24:10)
foram ao sepulcro, mas ali chegando o encontram aberto. Entraram e não
encontram o corpo de Cristo. Elas ficaram perplexas, mas dois varões, com
vestes resplandecentes, perguntam a elas: “Por que buscais entre os mortos ao
que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu,
quando ainda estava na Galileia, quando disse: Importa que o Filho do Homem
seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite três dias
depois” (Lucas 24:5-7).
Indiscutivelmente, na sua
morte, Jesus estava realizando a obra da redenção pelo derramamento de seus
sangue e que a sua morte sacrificial na cruz foi voluntária, vicária,
propiciatória e redentora (João 10:15; Romanos 3:24-25; 5:8 e 1 Pedro 2:24). E
na sua ressurreição física dentre os mortos, Deus confirmou a divindade de
Jesus e deu prova de que havia aceitado a obra expiatória dEle na cruz.
Hoje, Cristo não está mais
na cruz. Ele está vivo no seu alto e sublima trono. Mas a história do seu
sofrimento, morte e ressurreição continua viva e propagada nos quatro cantos da
terra para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna
(João 3:16, Romanos 10:9-11).
Deus vos abençoe!
Pr. Gomes Silva
Nenhum comentário