Mulher descobre parte de agulha 'presa' na coluna 15 anos após parto.
JACKSONVILLE, EUA - Uma
mulher descobriu que parte de uma agulha de anestesia epidural estava quebrada
em sua coluna desde que ela deu à luz seu filho, 15 anos atrás. A americana Amy
Bright, de 41 anos e moradora da Flórida, passou todo esse tempo sentindo dores
nas costas, até que uma tomografia computadorizada revelou que três centímetros
da agulha estavam inseridos em sua coluna.
A moça afirma que a agulha
está tocando o nervo conectado à sua perna esquerda. Com isso, ela está
preocupada com a possibilidade de ter o movimento das pernas paralisados caso a
agulha se mova.
Os médicos que estão
acompanhando o caso informaram a ela que, por causa da localização da agulha,
será muito arriscado removê-la, deixando Amy sem outra opção senão viver com a
agulha dentro dela e tratar a dor com medicação.
HOSPITAL SERÁ PROCESSADO
A tomografia que revelou a
origem do problema foi realizada em fins de 2017, e agora a americana planeja
entrar com uma ação por negligência contra o Hospital Naval de Jacksonville,
onde ela fez o parto.
O advogado de Amy, Sean
Cronin, diz que já lidou com vários casos de negligência médica, mas que este é
particularmente raro.
— A agulha está,
literalmente, no canal espinhal — disse ele em entrevista coletiva. — Eu nunca
vi isso. Nunca ouvi falar disso. É escandaloso.
Amy começou a sentir dores
nas costas dois meses após dar à luz seu filho Jacob, em 2003. Ela acredita que
a agulha quebrou enquanto a anestesia epidural estava sendo administrada, e o
item ficou “preso” em sua coluna. A moça alega que é alta a probabilidade de a
equipe médica saber do erro e não tê-la informado.
— Eles sabiam que isso
estava nela, de acordo com nossos especialistas — disse o advogado à
"People". — Porque grande parte da agulha estava faltando.
TEMOR PELO FUTURO
Segundo Amy, a revelação a
deixou temendo por seu futuro, já que ela não tem certeza de em que medida
viver com a agulha na coluna continuará a afetar seu bem-estar físico.
— Chegou a um ponto em que
eu sinto simplesmente uma ardência constante — disse ela ao jornal
"Independent". — Eu provavelmente precisarei usar uma cadeira de
rodas, com o passar do tempo. É assustador porque eu não sei o que me aguarda.
O Hospital Naval de
Jacksonville ainda não respondeu aos pedidos de comentários de jornalistas, direcionando
as perguntas ao Departamento de Justiça dos EUA, que, por sua vez, recusa-se a
comentar o assunto.
O Globo
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