PT: Lula é candidato e será lançado em julho.
Brasil 247 - Em resolução
nacional, o diretório nacional do PT, reunido em Curitiba nesta segunda-feira
(23), afirma que não se poderá falar em Justiça, nem em democracia enquanto
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiver preso. De acordo com a nota do
partido, "a liberdade do ex-presidente Lula tornou-se questão central para
a retomada do processo democrático no Brasil".
A sigla afirma também que
"Lula foi condenado sem provas, por juízes parciais, que sequer
conseguiram apontar o crime que ele não cometeu. Foi massacrado pela TV Globo e
por toda a mídia que apoiou o golpe de 2016. Sua defesa foi censurada nos meios
de comunicação".
"Não se poderá falar em
Justiça no Brasil enquanto o processo de Lula não for revisto e anulado, pelas
ilegalidades, arbitrariedades, manipulações e cerceamento de defesa de que o
ex-presidente foi vítima na primeira e segunda instâncias. E não se poderá
falar em Democracia no Brasil enquanto o maior líder popular do país permanecer
encarcerado como um preso político, mantido em regime de isolamento, ao arrepio
da lei, e sem poder recorrer em liberdade da sentença injusta, como é direito
de todo cidadão ou cidadã", diz.
Segundo a resolução, o
partido deve "apresentar ao país, nas próximas semanas, as diretrizes do
programa de governo Lula".
Leia a íntegra do texto:
Dois anos depois do golpe de
estado que depôs a presidenta legítima Dilma Rousseff, o Brasil vive uma
espiral de violência política, de obscurantismo e de agressões aos direitos
fundamentais.
A censura às artes,
estimulada pelos setores mais retrógados, a perseguição policial, do Ministério
Público e de juízes às universidades, que provocou a morte do reitor Luiz
Cancelier, e os ataques à caravana de Lula no Sul do país são exemplos desse
ambiente de ódio.
Com enorme repercussão
internacional, vimos o assassinato de Marielle e Anderson, que expôs
dramaticamente a violência cotidiana contra mulheres, negros e LGBTs,
paralelamente aos crimes contra camponeses e indígenas. As investigações sobre
a morte de Marielle e Anderson, iniciadas com alarde, se arrastam há mais de um
mês sem nada esclarecer.
No dia 7 de abril, a
violência voltou-se contra o ex-presidente Lula, preso por decreto ilegal,
inconstitucional e injusto de Sérgio Moro.
Por sua liderança na América
Latina e pelo reconhecimento internacional de seu governo, do combate à fome e
à pobreza, a prisão de Lula repercutiu negativamente ao redor do mundo e
despertou grandes gestos de solidariedade.
A liberdade do ex-presidente
Lula tornou-se questão central para a retomada do processo democrático no
Brasil.
Lula foi condenado sem
provas, por juízes parciais, que sequer conseguiram apontar o crime que ele não
cometeu. Foi massacrado pela TV Globo e por toda a mídia que apoiou o golpe de
2016. Sua defesa foi censurada nos meios de comunicação.
Não se poderá falar em
Justiça no Brasil enquanto o processo de Lula não for revisto e anulado, pelas
ilegalidades, arbitrariedades, manipulações e cerceamento de defesa de que o
ex-presidente foi vítima na primeira e segunda instâncias.
E não se poderá falar em
Democracia no Brasil enquanto o maior líder popular do país permanecer
encarcerado como um preso político, mantido em regime de isolamento, ao arrepio
da lei, e sem poder recorrer em liberdade da sentença injusta, como é direito
de todo cidadão ou cidadã.
A principal tarefa do
Partido dos Trabalhadores, neste momento, é defender a inocência de Lula, lutar
por sua liberdade e fazer valer o direito do povo brasileiro de votar no seu
maior líder, nas eleições presidenciais de outubro.
Mesmo depois de preso, Lula
continua sendo o favorito a vencer as eleições, segundo todas as pesquisas,
disparado à frente dos demais candidatos.
Lula é o nosso candidato e é
o candidato do povo. É a grande esperança do país para superarmos a crise
política, econômica e social; para retomarmos a confiança no futuro.
É necessário superar a
censura da mídia, levando à população a defesa de Lula e denunciando a campanha
de mentiras de que ele foi vítima neste processo.
Para cumprir nossa tarefa
histórica, devemos concentrar nossas energias e capacidade de articulação com
as forças de esquerda e os setores populares e democráticos, como a Frente
Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo e a Frente Democrática, recentemente
criada, pois a prisão ilegal de Lula afronta o estado de direito e aprofunda o
rompimento do pacto político-democrático nacional de1988.
Temos de mostrar nas ruas a
inconformidade do povo com a injustiça cometida contra Lula e o cerceamento dos
direitos políticos de toda uma nação.
A candidatura de Lula é a
resposta da maioria do povo brasileiro ao governo golpista, que retira direitos
dos trabalhadores, desmonta os programas sociais, entrega o patrimônio nacional
e a nossa soberania aos interesses privados estrangeiros.
Lula é candidato para reverter
o desmonte das políticas públicas – aprofundado por meio da Emenda
Constitucional 95, que congelou por 20 anos os investimentos públicos,
inclusive em saúde e educação.
Para retomar e fortalecer os
programas voltados às mulheres, aos quilombolas, aos indígenas, à agricultura familiar
e reforma agrária. Para revogar a reforma trabalhista e defender a Previdência.
Lula é candidato para barrar
a venda do patrimônio público e o desmonte de nossas empresas estratégicas
Petrobrás, Eletrobrás, Banco do Brasil, etc. Para impedir que continuem
entregando o pré-sal às petroleiras estrangeiras.
O futuro da democracia no
Brasil depende da realização de eleições livres em outubro, com a participação
de Lula e de todas as forças políticas do país.
Nesta conjuntura o Diretório
Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunido em Curitiba, onde Lula se
encontra ilegalmente encarcerado, saúda a militância que se engajou de corpo e
alma na defesa do nosso maior líder, agradece a solidariedade de personalidades
nacionais e internacionais, e adota a seguinte resolução:
1) Fortalecer a Frente
Nacional em Defesa da Democracia, dos Direitos e da Soberania, recentemente
lançada, em articulação com os partidos de esquerda, movimentos sociais,
centrais sindicais, com o mundo da cultura, forças populares e democráticas;
2) Fortalecer a luta
democrática pelo restabelecimento pleno do estado de direito, pelas garantias
constitucionais e pelos direitos e conquistas sociais, em ampla articulação com
forças políticas e sociais;
3) Fortalecer a denúncia do
golpe e da prisão ilegal de Lula na mídia global, incentivando as campanhas
internacionais por Lula Livre.
4) Reafirmar a candidatura
de Lula à Presidência da República, conforme decidido pelo Diretório Nacional
em 15 e 16 de dezembro de 2017;
5) Convocar para 28 de julho
o Encontro Nacional do PT que indicará formalmente Lula candidato a presidente;
6) Registrar a candidatura
na Justiça Eleitoral em 15 de agosto, conforme determina a legislação;
7) Apresentar ao país, nas
próximas semanas, as diretrizes do programa de governo Lula;
8) Deflagrar a pré-campanha
Lula Presidente com ações de comunicação nas ruas, nas redes sociais e na
imprensa, e com um calendário dos pré-lançamentos de sua candidatura Lula
Presidente em todas os Estados do Pais.
9) Avançar no debate
político-eleitoral nos estados, de forma a articular a pré-campanha de Lula com
os lançamento das chapas estaduais, para governador, senadores, deputados
estaduais e federais;
10) Convocar e organizar, no
mês de maio, junto com os movimentos sociais, forças populares e democráticas
dois grandes atos de massa em defesa de Lula Livre, no Nordeste e em São Paulo;
11) Fortalecer o acampamento
e a vigília Lula Livre em Curitiba, como local de referencia da solidariedade a
Lula e de resistência ao arbítrio que o mantém preso político;
12) Impulsionar a campanha
de doações para o Fundo de Financiamento do Acampamento e Vigília Lula Livre;
13) Instalar em Brasília,
próximo ao Supremo Tribunal Federal, a Tenda da Democracia, com uma vigília e
uma programação permanente de debates, aulas públicas, exposições e
apresentações culturais sobre o tema da democracia no Brasil;
14) Ampliar a formação de
Comitês Populares Lula Livre por todo o país, para dialogar com o povo,
desmontar a farsa jurídica e mobilizar para uma agenda de atos e debates,
convidando os nossos candidatos e todos os que queiram se somar a nossa causa;
15) Produzir o boletim
semanal Lula Livre para ser impresso e distribuído em panfletagens pelos
diretórios regionais, municipais e comitês Lula Livre no país;
16) Incentivar a redação de
cartas da população para Lula, como uma das tarefas dos Comitês Populares;
17) Criar o SOS Militante,
para garantir apoio jurídico a todos apoiadores de Lula e do PT atacados ou
ameaçados por defenderem nossa causa;
18) Apoiar e participar do
grande ato unificado do Primeiro de Maio, de caráter nacional, em Curitiba,
além de atos em todos os estados;
19) Lançar a campanha
nacional de filiação com o tema "Sou Lula, Sou PT"
Lula Inocente
Lula livre
Lula Presidente!
Diretório Nacional do
Partido dos Trabalhadores
Curitiba, 23 de abril de
2018
ClickPicuí
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