Governadores cobram liberação de recursos para segurança pública.
Governadores de sete estados
divulgaram nesta sexta-feira (18) uma carta aberta onde cobram a liberação de
R$ 42 bilhões para a segurança pública, entre outras demandas. A carta foi
assinada pelos governadores da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco,
Piauí e Rio Grande do Norte. O documento foi divulgado após o 9º Encontro dos
Governadores do Nordeste, realizado em Recife.
Os governadores cobram a
liberação da linha de crédito de R$ 42 bilhões anunciada em março deste ano.
“Seguimos aguardando, ainda, a definição dos critérios da linha de
financiamento da ordem de R$ 42 bilhões, prometida no último dia 9 de março, em
reunião ocorrida no Palácio do Planalto, sem que nenhum dos estados da federação
tenha logrado êxito no acesso a esses recursos, mesmo já transcorridos mais de
60 dias desde seu anúncio”, diz um trecho da carta.
Na reunião ocorrida em
março, o governo anunciou a linha de crédito para os estados investirem na área
de segurança pública. Na ocasião, ficou determinado que os recursos estarão
disponíveis ao longo de cinco anos. Do montante total, R$ 33,6 bilhões são do
Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos fazem parte do
Programa Nacional de Segurança Pública que busca reduzir os índices de
criminalidade no país.
A assessoria do ministro da
Segurança Pública, Raul Jungmann, informou que a estimativa do governo é
disponibilizar os recursos para a segurança pública até o fim de maio. Informou
ainda que firmará contratos de gestão com os estados, estabelecendo
contrapartidas aos repasses feitos. Essas contrapartidas seriam índices de
criminalidade reduzidos, capacitação de agentes de segurança, melhoria de
condições de trabalho dos policiais, dentre outros.
Privatização da Eletrobrás
Na carta, com 11
reivindicações no total, os governadores também se opõem à privatização da Eletrobras,
especialmente da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Segundo eles,
privatizar a empresa submeteria “um ativo do povo da região aos interesses dos
investidores” e acarretaria em aumento de tarifas de luz. “Cabe enfatizar que a
desestatização – segundo estudos realizados por técnicos independentes e pela
própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – resultaria em reajuste
de tarifas de energia elétrica em percentuais que iriam de 7% a 17%,
reduzindo-se, ainda mais, a competitividade da região”, diz a carta.
A privatização – ou
capitalização – da Eletrobras é um dos principais objetivos do governo de
Michel Temer atualmente. Segundo o governo, a privatização da Eletrobras levará
à redução das tarifas pagas pelo consumidor. O Planalto também argumenta que a
abertura de capital da empresa fortalecerá o setor, com a expansão de
investimentos e o aprimoramento da oferta de energia.
Agência Brasil
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