Tumor de quase 60 quilos é retirado do ovário de professora nos Estados Unidos.
Tumor de quase 60 kg no
ovário de mulher nos Estados Unidos (Foto: Divulgação)
Um tumor de quase 60 kg e
100 centímetros foi removido do ovário de uma mulher de 38 anos no Hospital
Danbury, nos Estados Unidos. Uma equipe de 12 médicos trabalhou na cirurgia que
teve duração de cinco horas e foi realizada em 14 de fevereiro, mas que somente
foi divulgada nesta semana.
A paciente, que não teve a
identidade revelada, contou que o tumor começou a crescer cerca de 4,5 quilos
por semana em novembro de 2017. Com o rápido ganho de peso, ela procurou um
ginecologista, que constatou a grande massa ovariana após exames.
“Eu poderia esperar ver um
tumor de 11kg, mas um de 60kg é muito raro. Quando conheci a paciente, ela
estava extremamente desnutrida porque o tumor estava em seu trato digestivo.
Ela usava uma cadeira de rodas por causa do peso do tumor”, afirmou Vaagn
Andikyan, médico oncologista ginecológico do Western Connecticut Health
Network.
Os médicos concluíram que o
tumor era benigno, ou não-cancerígeno, e que não tinha se espalhado para fora
do ovário. Apesar disso, continuava sendo uma ameaça à vida da paciente, uma
vez que comprimia vasos sanguíneos próximos.
O tumor se originou nas
células epiteliais que revestem o ovário e era “mucinoso”, o que significa que
foi preenchido por uma substância gelatinosa produzida pelas células tumorais
de acordo com Andikyan, em entrevista à CNN.
“Tumores mucinosos ovarianos
tendem a ser grandes, mas desse tamanho são extremamente raros na literatura.
Pode ser um dos 10 ou 20 tumores desse tamanho removidos em todo o mundo"
- Vaagn Andikyan.
Em duas semanas, a equipe
médica desenvolveu e praticou planos para cinco cenários diferentes. Ao fim,
foi possível realizar uma única cirurgia, na qual eles retiraram o tumor, o
ovário esquerdo, a trompa esquerda e o tecido que estava aderindo ao ovário da
paciente. O excesso de pele foi removido e o abdômen, reconstruído. Como útero
e ovário direito foram salvos, a mulher pode ter filhos se assim escolher,
segundo Andikyan.
"A parte boa desta
história é que conseguimos salvar seus órgãos reprodutivos", disse.
"Ela não está interessada em ter mais filhos, mas se ela quiser, terá
possibilidade. Nós tivemos muito cuidado para evitar danos aos órgãos
reprodutivos subjacentes."
Patologistas do hospital de
Danbury estão realizando testes genéticos no tumor. Eles querem entender por
que ele cresceu tão rapidamente para que o caso seja esclarecido.
Três meses após a cirurgia,
a paciente está se recuperando bem e voltou a trabalhar como professora.
"Felizmente ela não exigiu nenhum tratamento adicional. Ela está de volta
a uma vida normal, está de volta ao trabalho e, quando a vi em meu escritório,
vi sorrisos, vi esperança e vi uma mulher feliz que estava de volta a sua vida
normal e a sua família ", acrescentou Andikyan à CNN.
G1
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