Associação aumenta para R$ 3 mil recompensa por informações que levem a assassinos de PM no RN; 9 são procurados.
Onze
pessoas já foram presas e outras nove ainda são procuradas por participação na
morte do cabo Ildônio, executado durante o assalto a um ônibus escolar no dia
16 deste mês.
A Associação de Praças da
Polícia Militar de Mossoró e Região (Apram) aumentou para R$ 3 mil o valor da
recompensa a ser paga para quem der informações que levem à prisão os
assassinos do cabo Ildônio José da Silva, de 43 anos. O policial foi morto no
dia 16 deste mês durante o assalto a um ônibus escolar na RN-117, entre as
cidades de Caraúbas e Governador Dix-Sept Rosado, na região Oeste potiguar.
O policial, que estava a
caminho de uma faculdade em Mossoró, foi identificado pelos bandidos, retirado
do veículo, deitado no chão e executado com vários tiros. O último disparo, na
cabeça, foi de espingarda calibre 12.
Segundo o delegado Sandro
Régis, titular da Delegacia Regional de Patu, 11 suspeitos já foram presos até
momento, mas 9 homens (oito adultos e um adolescente de 17 anos) ainda estão
sendo procurados. “Todos eles têm mandados expedidos pela Justiça",
acrescentou.
Os procurados são:
Vantuir Lima, 23 anos
Antônio Alcivan Fernandes
Júnior ('Juninho Mangueira'), 18 anos
Wilhiam Bezerra de Lima
('Belo das Mirandas'), 24 anos
Kauã Bruno Ferreira de Lima
('Cocada'), 18 anos
Danilo da Silva Fernandes,18
anos
Lucivan Dantas ('Rabicó'),
18 anos
Judson Rodrigues Vieira
('Juca Ladrão'), 24 anos
Obimael ('Bidi das
Mirandas'), 23 anos
Adolescente de 17 anos
As informações sobre o
paradeiro dos suspeitos podem ser repassadas para as políciais Civil e/ou
Militar pelos números:
Disque Denúncia: 181 ou (84)
9.8132-6057 (WhatsApp)
Delegacia de Caraúbas: (84)
3337-2305
Polícia Militar: 190 ou (84)
9.9680-5322
Investigações
Até o momento, 11 pessoas
jám foram presas por envolvimento direto no assalto e na morte do PM, ou mesmo
por favorecimento aos bandidos.
Por participação direta, são
três: dois homens e uma mulher. Os outros oito foram todos indiciados por
terem, de alguma forma, colaborando com a quadrilha – seja tentando ajudar os
bandidos a fugirem do cerco que a polícia montou na região, ou mesmo dando guarida
aos criminosos.
'Só dei um tiro no cachorro'
Os dois homens presos
suspeitos de terem participado diretamente do assalto e da morte do cabo
Ildônio foram pegos pela polícia no dia seguinte ao assassinato. Foi durante
uma abordagem da PRF a um Gol preto na BR-110, em Campo Grande, cidade vizinha
a Caraúbas. Os dois, inclusive, já tinham mandados de prisão em aberto por
assaltos e outros homicídios na região. No celular de um deles, o Aleilson
Melquíades de Oliveira, de 18 anos, a polícia encontrou mensagens que ele
trocou com a irmã, nas quais ele admite ter atirado no PM: "Só dei um tiro
no cachorro".
Além da dupla, na ocasião
também foi preso o motorista do veículo, que foi indiciado por favorecimento,
já que a polícia entende que ele estava dando fuga aos bandidos.
Já a mulher, é uma estudante
de Direito que foi presa no dia 19 na cidade de Caraúbas. Segundo o delegado, a
universitária foi a única que não foi roubada pelos criminosos que assaltaram
os passageiros do ônibus. Além disso, teria sido ela a pessoa que avisou os
bandidos que havia um policial militar armado no veículo. "Ela, inclusive,
é namorada de um dos criminosos que ainda está sendo procurado",
acrescentou o delegado Sandro Régis.
Além da dupla e da
universitária, outros seis homens, todos com mandados de prisão já expedidos
pela Justiça, ainda estão sendo procurados pela polícia – todos suspeitos de
também terem participado do assalto e da execução do PM.
Favorecimento
Por favorecimento, são oito
os suspeitos detidos até agora. Um deles é o motorista do Gol, abordado pela
PRF em Campo Grande. Outro, é um motociclista que foi preso em Assu. Este
homem, segundo as investigações, estava a espera da dupla que o motorista do
Gol estava conduzindo, e também foi indiciado por dar guarida aos criminosos.
Outro que foi indiciado por
favorecimento é um homem que é conhecido como coiteiro, que é justamente como é
chamada a pessoa que dá esconderijo a bandidos. No sítio onde mora, foram
encontradas duas espingardas calibre 12. Uma delas, a polícia acredita ter sido
a arma utilizada no disparo que foi dado na cabeça do PM.
E ainda tem um desempregado
e uma outra mulher, ambos de Caraúbas, que foram presos no dia 22, e que também
foram autuados por darem abrigo aos fugitivos.
No dia seguinte, também em
Caraúbas, os policiais chegaram a um outro homem. Na casa dele foram
apreendidos um revólver com seis munições e uma motocicleta roubada, e que
também foi indiciado por dar refúgio à quadrilha.
E, por último, no dia 24,
foram presas outras duas mulheres. Elas são mãe e irmã de Aleilson, que a
polícia acredita ter participação direta na execução do cabo Ildônio. “A mãe e
a irmã também deram apoio aos criminosos. Inclusive, ficaram levando comida ao
bando”, acrescentou o delegado.
Advogado investigado
A polícia ainda investiga um
advogado que atua na região Oeste. Segundo o delegado Christiano Othon, que
preside o inquérito que apura a morte do PM, o advogado é suspeito de ter
repassado informações confidenciais à estudante de Direito, que é apontada como
membro da quadrilha.
G1
Nenhum comentário