ELEIÇÕES 2018: Na paraíba, 18 ex-prefeitos tentam vaga na Assembleia Legislativa e cinco na Câmara.
Nas eleições deste ano, 4,3%
dos 601 candidatos que pediram registro à Justiça Eleitoral têm experiência em
gestões municipais. Pelo menos 18 ex-prefeitos estão na disputa por vagas na
Assembleia Legislativa da Paraíba.
Outros cinco pleiteiam
cadeiras na Câmara Federal: A ex-prefeita de Mataraca, Cláudia Alencar (MDB), o
ex-prefeito de Araruna, Benjamin Maranhão (MDB), o ex-prefeito de Pedras de
Fogo e hoje vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Junior (PSC), a ex-prefeita de
Monteiro, Edna Henrique (PSDB), esposa do deputado estadual João Henrique,
candidato à reeleição pelo PSDB, e o ex-prefeito de Santa Rita, Severino Alves
Barbosa, conhecido como Netinho (PR).
Mais três ex-gestores estão
em campanha para senador: o ex-prefeito de Guarabira, Roberto Paulino (MDB), o
senador e ex-prefeito de Campina Grande por duas vezes, Cássio Cunha Lima
(PSDB), e o ex-prefeito de Campina Grande, também por duas vezes, Veneziano
Vital (PSB).
Ao todo, são 26 candidatos
com experiência no Poder Executivo Municipal.
Dos 26, sete já são
deputados e um é senador. O deputado Arnaldo Monteiro (PSC), ex-prefeito de
Esperança, não está na campanha pela reeleição.
Arnaldo indicou o filho,
Anderson Monteiro (PSC), que também foi prefeito do município, onde a mãe dele,
Lucinha Monteiro, já foi prefeita e também representou a região na Assembleia
Legislativa da Paraíba.
Remígio
Melchior Batista da Silva,
conhecido como Chió, (Rede) foi o único que estava no mandato de prefeito
(eleito de 2016) e renunciou para disputar uma cadeira na Assembleia
Legislativa da Paraíba.
Ele foi prefeito de Remígio,
na região do Brejo, perto de Areia. Resolveu se candidatar a deputado porque
considerar que a região onde fica seu município não é bem representada no
Parlamento Estadual.
Hoje, a representação da
região na Assembleia está a cargo do deputado Tião Gomes (que foi prefeito de
Areia) e pré-candidato à reeleição pelo Avante.
Ministras
conclamam mulheres
A ministra Cármen Lúcia,
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e a ministra Rosa Weber, também
do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fizeram apelo nessa
segunda-feira (20) para que as mulheres exerçam seu direito a voto com
consciência, de modo a aumentar a participação feminina na política.
Ambas participaram do
seminário Elas por Elas, organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
sobre a temática da mulher no poder estatal e na sociedade.
Durante o evento foi
comemorado o fato inédito de mulheres ocuparem nesta semana, simultaneamente,
os cargos máximos de cinco órgãos de Justiça brasileiros. Também participou do
evento a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a procuradora-geral
da República, Raquel Dodge, e a advogada-geral da União, ministra Grace
Mendonça.
Em seu discurso, Rosa Weber
destacou que as mulheres constituem 52,5% do eleitorado (73.337.919 eleitoras)
nas próximas eleições, mas constam como candidatas em apenas 30,7% (8.353) dos
pedidos de registro para os 1.654 cargos eletivos em disputa neste ano.
A ministra ressaltou que, mesmo
entre esses registros, há provavelmente muitos casos de candidaturas
“fantasma”, feitas por partidos cujas candidatas não entram de fato na disputa.
Destacou ainda o fato de que menos de 10% dos cargos para deputado federal
serem ocupados por mulheres e apenas 18% para senadoras. Rosa Weber conclamou
as brasileiras a reverterem “o paradoxo desse quadro, quando a maioria do
eleitorado é feminino”.
“Façamos, mulheres, ao
exercer todas nós esse direito essencial da cidadania que é o voto, a diferença
para um fortalecimento do estado democrático de direito, conquista diária e
permanente de todas nós, com a consciência de que em nossas mãos, mulheres,
está o destino do país, com a construção de sociedade que todas queremos
igualitária, justa e inclusiva”, disse.
Consciência. Em seguida,
Cármen Lúcia afirmou ser excepcional o fato de tantas mulheres ocuparem
posições de poder no campo da Justiça, e que isso somente intensifica os
preconceitos, não os diminui. Ela defendeu que as mulheres tomem consciência de
sua condição feminina para avançar na libertação de outras que ainda não têm a
liberdade de falar, pensar e se posicionar no mundo.
“Para não termos mais o
quadro que a ministra Rosa Weber acaba de traçar aqui, em termos de
representação, é preciso que a mulher esteja presente para se fazer
representar”, afirmou Cármen Lúcia, também conclamando as eleitoras a fazerem
diferença pelo voto na busca pela igualdade.
Ao mencionar as eleições
deste ano, a ministra Laurita Vaz disse que a situação “rara” da presença de
mulheres em posições de comando na Justiça não significa que elas deixaram de
ser preteridas ao buscar crescer em suas carreiras. Como exemplo, ela citou o
fato de as mulheres serem quase metade dos aprovados em concursos para juiz de
primeira instância, sendo que há apenas seis ministras entre os 33 ministros do
STJ. “Essa realidade distorcida precisa ser mudada”, afirmou.
Candidatos
Adriano Galdino (Pocinhos)
Antônio Mineral (Areia de
Baraúnas)
Anderson Monteiro
(Esperança)
Beto Brasil (Solânea)
Bosco Carneiro (Alagoa
Grande)
Branco Mendes (Alhanadra)
Buba Germano (Picuí)
Cássio Cunha Lima (Campina
Grande)
Carlos Batinga (Monteiro)
Cláudio Régis (Remígio)
Euda Fabiana Venâncio
(Cuité)
Fábio Fernandes (Mamanguape)
Galego de Souza (São Bento)
Jacó Maciel (Queimadas)
Lauro Maia (Catolé do Rocha)
Melchior Batista da Silva
(Remígio)
Nabor Wanderley (Patos)
Pollyana Dutra (Pombal)
Tião Gomes (Areia)
Veneziano Vital (Campina
Grande)
Com Correio da Paraíba
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