Deputado Jeová lamenta ausência de políticos em ato contra a reforma da previdência e diz que seu mandato está do lado dos trabalhadores.
“O nosso mandato, o mandato
de um filho de agricultores, vai estar nesta trincheira, junto de vocês, hoje,
amanhã e enquanto deputado eu for, porque eu não participo dos banquetes dos
ricos, e essa proposta de reforma é uma proposta dos ricos, porque ela não pune
as grandes empresas que não recolhem às contribuições, porque não combate a
apropriação indébita dos recursos da previdência, porque não taxa as grandes fortunas, nem afeta os
lucros exorbitantes dos banqueiros”, disse hoje (15), o deputado estadual,
Jeová Campos, durante manifestação contra a Medida Provisória (MP) 871 e a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019, que trata da “Reforma da
Previdência”. O parlamentar lamentou a ausência de representantes da bancada
federal paraibana no ato, que contou apenas com os deputados federais Frei
Anastácio e Gervásio Maia, este último, inclusive, com um contundente discurso
sobre o assunto.
A audiência pública,
realizada no parlatório da ALPB, foi precedida de uma marcha de trabalhadores
rurais, que atenderam um chamamento da Federação dos Trabalhadores Rurais
Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado da Paraíba (Fetag-PB) que, em
parceria com a Assembleia Legislativa (ALPB), realizaram o ato proposto pela
deputada Cida Ramos, com coautoria de Jeová.
Jeová junto com o presidente
da Fetag, Liberalino Lucena, e o deputado federal, Frei Anastácio, ficou à
frente da marcha, que saiu da sede da federação, em Jaguaribe até a sede da
ALPB, segurando uma faixa com retratos dos representantes da bancada federal
paraibana que terão a missão de votar à proposta no Congresso. “Essa faixa foi
muito pertinente, pois o futuro da previdência depende da escolha de nossos
representantes que estão em Brasília e terão a oportunidade de mostrar de que
lado estão, se do povo ou dos poderosos”, disse Jeová, Além da foto dos
deputados federais e senadores da Paraíba a faixa exibia a seguinte frase: “Os
senhores vão votar contra os direitos dos trabalhadores (as) rurais? Os
trabalhadores estão de olho em vocês”.
Segundo Jeová, que é
advogado e tem se debruçado com um olhar muito atento ao texto da proposta, se
ela for aprovada como está inviabilizará, por completo o acesso a Previdência
por parte dos Trabalhadores e Trabalhadoras, com ainda mais severidade aos que
atuam no Campo. Ele lembrou que o momento agora é de luta. “É preciso que os
trabalhadores se mobilizem, o momento agora é de luta, de protesto, de
resistência de ir para as ruas, porque somente a mobilização popular e a
pressão sobre os deputados e senadores, em Brasília, será capaz de barrar esse
projeto que não combate injustiças, ele é uma injustiça”, finalizou o
parlamentar.
Ascom
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