Eleitores de cinco cidades voltam às urnas neste domingo.
Imagem ilustrativa - Da internet |
Mais de dois anos após
votarem para prefeito nas eleições regulares, os eleitores de cinco cidades
brasileiras terão de voltar às urnas neste domingo (17) para novamente escolher
os mandatários de seus municípios.
São elas: Cajamar, Lagoinha
e Macaubal, em São Paulo; Piên, na região metropolitana de Curitiba; e
Cabedelo, município da região metropolitana de João Pessoa.
As eleições suplementares
ocorrem devido à cassação ou à rejeição tardia do registro de candidatura dos
eleitos, conforme explicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na
legislação.
No caso de Cajamar, cidade
com 57 mil eleitores, a prefeita originalmente eleita, Ana Paula Polotto Ribas
(PSB), e sua vice Dalete de Oliveira tiveram os mandatos cassados por abuso de
poder político e econômico nas eleições de 2016.
Elas foram condenadas por se
beneficiar com a realização de obras de pavimentação em dezenas de ruas da
cidade nos meses que antecederam a votação. Após sucessivos recursos, o processo
que resultou na cassação da prefeita e da vice somente foi finalizado no
plenário do TSE em novembro do ano passado.
No caso de Cabedelo, no
litoral da Paraíba, com 47 mil eleitores, a nova votação foi convocada após
Leto Viana (PRP), eleito em 2016, ter sido afastado pela Câmara de Vereadores e
posteriormente renunciar ao cargo, em outubro do ano passado, após ser preso
pela Polícia Federal numa operação de combate à corrupção.
Como a renúncia ocorreu
antes de Viana completar dois anos no cargo, e o vice-prefeito Flávio Oliveira
(PRP) faleceu em julho por insuficiência cardiorrespiratória, a eleição
suplementar precisou ser convocada, conforme também prevê a legislação
eleitoral.
O município de Piên tem uma
história diferente. O prefeito eleito, Loir Drevek (MDB), foi morto com um tiro
na cabeça em dezembro, antes de tomar posse, num crime com aparente motivação
política. Em seu lugar assumiu o vice Livino Tureck (MDB), que em novembro do
ano passado morreu vítima de câncer. Novamente, a eleição suplementar foi
organizada devido à vacância do cargo antes da metade do mandato.
Custos
Para realizar esses novos
pleitos, são realizados diversos gastos, tais como o pagamento de despesas com
auxílio-alimentação dos mesários, infraestrutura, logística e transporte de
urnas eletrônicas.
Em outubro do ano passado, o
TSE assinou um convênio com a Advocacia-Geral da União (AGU) para tentar reaver
o dinheiro público gasto com eleições suplementares convocadas devido à
cassação dos eleitos.
Segundo levantamento feito
pela AGU na ocasião, ao menos R$ 82,3 milhões foram gastos desde 2007 pela
Justiça Eleitoral com a realização de 405 eleições suplementares.
Por Felipe Pontes - Repórter
da Agência Brasil
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