Vítima que diz ter sido ferida com agulha de seringa no Carnaval de Caicó presta queixa e Polícia Civil abre investigação.
Das 14 pessoas submetidas à
profilaxia pós-exposição HIV, uma delas foi à delegacia nesta terça (5) e
registrou boletim de ocorrência. Com a representação formal da vítima,
inquérito será instaurado.
A Polícia Civil abriu
investigação para apurar denúncias de pessoas que dizem ter sido atacadas com
agulhas de seringas durante o Carnaval de Caicó. Das 14 pessoas que foram
atendidas pelo setor de emergência do Hospital Estadual Telecila Freitas
Fontes, mais conhecido como Hospital Regional do Seridó, uma delas procurou a
delegacia da cidade e prestou queixa.
"Com a representação
formal da vítima, o inquérito certamente será instaurado", afirmou o delegado
Inácio Rodrigues, titular da Diretoria de Polícia Civil do Interior (DPCIN).
Além disso, o delegado também confirmou que o hospital foi oficiado para mandar
a relação das pessoas que receberam atendimentos relatando a violência. Até o
momento, no entanto, ninguém foi preso em flagrante e ainda não há imagens que
mostrem suspeitos.
Os atendimentos registrados
no Hospital Regional do Seridó foram feitos no sábado (2), domingo (3) e
segunda-feira (4). Nenhum caso foi registrado na terça (5) nem na manhã desta
Quarta-feira de Cinzas (6), último dia de folia em Caicó.
Diretora-geral do Hospital
Regional do Seridó, Maura Vanessa Sobreira disse ao G1 que as vítimas foram
submetidas à profilaxia pós-exposição, que é uma medida de prevenção de
urgência à exposição pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis.
“Todos deram resultado negativo”, ressaltou.
Ainda de acordo com a
diretora, o hospital chegou a receber cerca de 20 pessoas dizendo terem sido
furadas por agulhas. "Algumas afirmaram ter visto as seringas",
revelou. "Outras, porém, ao serem informadas que a medicação que
receberiam poderia causar efeitos colaterais, como enjoo, por exemplo, se
negaram a ser atendidas", acrescentou.
Outros casos
Em Recife, pelo menos 25
pessoas também relataram terem sido furadas com seringas.
No ano passado, em meio ao
São João de Campina Grande, na Paraíba, 34 casos semelhantes de ataques foram
registrados. No entanto, a polícia não confirmou que os ferimentos foram
causados por agulhadas.
Por Anderson Barbosa, G1 RN
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