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'Era melhor quebrar uma perna que morrer', diz aluna que pulou de 1º andar em roubo na UEPB.



Estudantes estavam em aula e temiam massacre ao ouvir tiros durante assalto

Das 16 pessoas que precisaram de atendimento médico depois do roubo ao carro-forte e agência bancárias na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), três ainda continuam internadas no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. Entre as vítimas estão alunas que se machucaram tentando fugir do local, no momento da ação. Alguns alunos pularam de janelas e do primeiro andar de um prédio com medo de morrer.

Segundo os alunos, no momento do crime a maioria dos alunos estava em aulas na Central Integrada de Aulas (CIA). Ao ouvir os tiros em sequência, muitos temiam que estivesse ocorrendo um massacre. Mas, na verdade, foi um roubo a um carro-forte que abasteceria uma agência que fica dentro da CIA.

“Foi desesperador. No momento a gente estava assistindo aula. A gente escutou um barulho fora. A princípio a gente pesou que fossem fogos. Só que do nada veio um monte de gente correndo gritando e dizendo que era tiro”, disse a aluna Maria Betânia.

Nesse desespero, Maria Betânia foi uma das que pulou do 1º andar do prédio. “Então a gente fechou a porta e começou todo mundo a pular da janela do 1º andar, porque muitas pessoas pensaram que seria igual ao que ocorreu no massacre de Suzano (SP), então não pensaram duas vezes e já saíram pulando. Nisso muitas pessoas torceram os tornozelos, disse a estudante Betânia.

Bianka Oliveira também teve o mesmo ato no momento do desespero, mas disse que foi o medo de morrer que lhe fez encontrar a coragem de pular.

“Naquele momento valia mais a pena quebrar uma perna do que perder uma vida”, disse a aluna da UEPB, Bianka Oliveira.

Retorno às aulas

As estudantes internadas ainda não sabem como farão para encontrar forças em voltas as aulas depois do susto e do trauma. A UEPB está oferecendo um acompanhamento psicossocial para os alunos.

“Não sei. Acho que vamos ter bastante medo, porque foi um momento bem desesperador mesmo. Até agora, só em lembrar dá vontade de chorar. Vamos procurar uma terapia porque não pode parar. Quero estudar e continuar o curso, mas foi algo que mexeu com meu psicológico”, contou Bianka Oliveira.


Por G1 PB

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