Câmara vota neste domingo se abre processo de impeachment de Dilma.
Após
quase 43 horas de debates, os deputados vão votar neste domingo (17) se abrem
ou não processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A sessão
será aberta às 14h, e a previsão do presidente da Casa, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), é iniciar a votação às 16h.
Cada
um dos 513 deputados serão chamados ao microfone para proferir seu voto. A
previsão é de que cada parlamentar gaste, em média, 30 segundos para votar. A
ordem de chamada será por estado, começando pelo Norte. Veja aqui a ordem de
votação.
São
necessários no mínimo 342 votos "sim" para que o parecer do relator
da comissão especial de impeachment, Jovair Arantes (PTB-GO), seja aprovado.
Ele recomenda no documento a continuidade do processo de afastamento da
petista.
Se
aprovado, o processo vai para o Senado, que terá que decidir se acolhe a
denúncia e julga a presidente por crime de responsabilidade. Caso não sejam
alcançados os 342 votos, o processo é arquivado. Entenda como funciona todo o
processo de impeachment.
Os
debates que antecederam a votação começaram às 8h55 de sexta-feira (15) e
seguiram em sessão ininterrupta até as 3h42 deste domingo (17). Foi a sessão
mais longa da história da Câmara.
Na
última etapa de debates, com os discursos individuais dos deputados contra e a
favor do impeachment, havia ao todo 249 parlamentares inscritos para falar.
Porém, somente 119 discursaram. Ao menos 60 já haviam anunciado que abriam mão
do tempo de fala para acelerar o debate e permitir a votação nesta tarde.
Veja
passo a passo como será a sessão deste domingo:
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A sessão começa às 14h. Antes dos deputados votarem, terá a palavra por 25
minutos o relator Jovair Arantes.
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Os líderes partidários poderão usar a palavra. O tempo varia de 3 a 10 minutos,
de acordo com o tamanho da bancada, além de mais um minuto para orientação do
voto dos deputados da legenda.
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A votação é por chamada nominal. A ordem começará com deputados do Norte e será
feita alternância entre parlamentares do Norte e do Sul. Dentro de cada estado,
a ordem de chamada é alfabética.
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Cunha vai decidir na hora se sai da Presidência para votar na chamada dos
deputados do Rio ou se votará por último.
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Cada um dos deputados é chamado ao microfone para anunciar seu voto. Eles se
levantam, vão ao microfone e respondem "sim" (aprovação),
"não" (rejeição) ou "abstenção".
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Cada deputado deve gastar, em média, 30 segundos para votar, contando
deslocamentos e pequenos discursos. Não haverá encaminhamento de votação nem
questões de ordem nesse período.
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Os votos serão registrados por quatro secretários posicionados na Mesa,
próximos do presidente Eduardo Cunha. Um registra os votos "sim",
outro os "não", o terceiro registra as abstenções, e o quarto, os
deputados ausentes.
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Quando o deputado anunciar seu voto, o secretário do voto correspondente diz em
voz alta o nome do deputado, o voto e quantos votos daquele já existem.
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Terminada a chamada dos 513, faz-se uma segunda chamada dos que estavam
ausentes na primeira.
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Com 342 votos "sim" (2/3 dos 513 deputados), o parecer é aprovado e é
autorizada instauração de processo de impeachment da presidente da República.
Caberá ao Senado decidir se processa e julga a presidente.
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Se não alcançar 342 votos, o parecer pró-impeachment é arquivado.
G1
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