PSB decide na terça-feira apoio a governo Temer, mas sem indicações.
A
Executiva do PSB irá se reunir na próxima terça-feira para fechar posição em
relação ao eventual governo do vice-presidente Michel Temer. A tendência é que
o partido, que tem 31 deputados e sete senadores declare apoio formal ao
peemedebista, mas sem indicar cargos para o Ministério. Não deverá, porém,
haver qualquer veto a participações no governo de socialistas que forem
convidados pelo vice.
A
possível decisão do PSB se assemelha àquela adotada pelo PSDB, que decidiu
prestar apoio no Congresso a Temer, mas sem ter indicações “oficiais” do
partido. A diferença é que o PSB não pretende ter militantes da legenda no
primeiro escalão do governo, enquanto há aos menos três tucanos cotados para
vagas na Esplanada: o senador José Serra (SP) no Ministério de Relações
Exteriores, o deputado Bruno Araújo (PE) no Ministério de Cidades e um terceiro
nome, que poderia ser do senador Tasso Jereissati (CE) para a pasta de
Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Segundo
lideranças do partido, haveria na postura do PSB “um grau a mais” de
distanciamento do governo do que pretende fazer o PSDB.
–
A maioria da Executiva do PSB considera coerente que o partido não faça
indicações para o ministério, porque nós combatemos essa fórmula de governo de
coalizão e achamos que o Michel tem que ter toda a liberdade para compor o
governo da forma que ele entender melhor. O mais provável é que o partido
colabore com o governo, mas sem indicar nomes – afirma um dirigente do partido.
Não
serão vetados, porém, convites individuais de Temer e acordos com parlamentares
para ocupação de espaços nos estados. O PSB descarta “adotar” indicações de
Temer na cota do partido, a exemplo do que o vice tenta fazer com o PP, que
resiste em abraçar o nome do médico Raul Cutait como ministro da Saúde. É
citado como exemplo o caso do advogado Antônio Mariz de Oliveira, que é filiado
ao PSB, mas não tem qualquer atuação partidária. Ele foi cotado para ser
ministro da Justiça e, depois, da Defesa.
O
Globo
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