Semana no Senado terá votações de impeachment e da cassação de Delcídio.
A
semana começará cheia no Senado, com votações importantes sobre duas cassações
de mandato. Os senadores se debruçarão sobre a análise da admissibilidade do
impeachment da presidenta Dilma Rousseff – que, se for aceita, implicará no
afastamento imediato dela do cargo – e da cassação do mandato do senador
Delcídio do Amaral (Sem Partido-MS). Além disso, os membros da comissão
parlamentar de inquérito que investiga denúncias contra a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF) devem concluir os trabalhos, com a votação do
relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Diante
da aprovação do relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) na Comissão
Especial do Impeachment, na última sexta-feira (6), a previsão é que o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), faça a leitura do resultado ao
plenário nesta segunda-feira (9). Com isso, começará a contar o prazo de 48
horas para que a votação do parecer pela admissibilidade do processo seja
marcada no plenário.
Assim,
a sessão para discussão do parecer começará na próxima quarta-feira (11), mas a
previsão é que a votação só ocorra na quinta-feira (12) porque, se os senadores
quiserem, o presidente poderá suspender a sessão na quarta-feira à noite e
retomá-la no dia seguinte pela manhã. O tempo estimado apenas para a fase de
discursos dos senadores é de 20 horas, mas o plenário ainda deve discutir
questões de ordem que serão apresentadas pela base governista e o
encaminhamento dos líderes. A previsão é que a votação ocorra pelo painel
eletrônico, sem a chamada nominal que houve na votação da Câmara.
Delcídio
Antes
da votação da admissibilidade do impeachment, no entanto, os senadores deverão
se debruçar sobre outra questão relevante logo no início da semana: a cassação
do mandato do senador Delcídio do Amaral. Na segunda-feira a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deverá aprovar o parecer do Conselho de
Ética da Casa que recomenda a perda do mandato por quebra de decoro
parlamentar, atestando a constitucionalidade do processo.
Com
isso, o plenário poderá votar, na terça-feira (10), se cassa o senador, que foi
flagrado em conversa com o filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró,
oferecendo propina e um plano de fuga para que Cerveró não firmasse acordo de
delação premiada com o Ministério Público no âmbito da Operação Lava Jato. O
próprio Delcídio, posteriormente, firmou esse tipo de acordo, no qual disse que
a tentativa de atrapalhar as investigações foi feita a pedido do ex-presidente
Luís Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff.
CBF
Senado
terá ainda que votar o relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre a
Comissão Parlamentar de Inquérito do Futebol. A previsão inicial é que o
relatório seja votado na terça-feira, logo após ser lido aos membros da CPI.
Diante
do anúncio feito pelo presidente da comissão, Romário (PSB-RJ), de que
apresentaria um voto em separado para ser também analisado, a votação pode ser
adiada para vistas.
Agência
Brasil
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