Funcionários do INSS e representantes do MST protestam contra mudanças na regra de indexação do salário mínimo.
Sob
o pretexto de ter que fazer um ajuste fiscal para o equilíbrio das contas
públicas, o governo interino de Michel Temer propôs mudanças diversas na
economia. Entre elas, alterações na desvinculação do salário mínimo. Para
protestar contra essa proposta, que prejudica aposentados, trabalhadores rurais
entre outras categorias, funcionários e representantes do Movimento dos Sem
Terra (MST) ocuparam, na manhã desta sexta-feira (10), o prédio do INSS, no
Centro de João Pessoa. A ocupação foi pacífica e contou com a solidariedade do
deputado estadual Jeová Campos (PSB) que passava pela localidade e apoiou a
ação.
“Esse
governo golpista está defendendo o fim das vinculações constitucionais e
indexações obrigatórias de valores em relação ao salário mínimo, além da
desvinculação dos benefícios da Previdência do método de reajuste do salário
mínimo, o que prejudicará milhares de trabalhadores e aposentados que hoje tem
a garantia de ter seus reajustes anuais, com ganho real mesmo quando a economia
está em recessão”, argumenta Jeová, lembrando que a fórmula atual, em vigor até
2019, leva em conta a inflação do ano anterior e o crescimento do Produto
Interno Bruto de dois anos atrás. “Com essa mudança proposta por esse governo
interino a classe trabalhadora sairá perdendo e mais uma vez a Constituição de
1988 será rasgada”, enalteceu o deputado.
Ainda
segundo Jeová, a criação do salário de referência, como sugere a equipe
econômica de Temer, também prejudicará trabalhadores rurais aposentados e os
beneficiados da assistência social, ou seja, os deficientes e maiores de 65
anos.
Assessoria
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