Ministério da Saúde registra 1.489 casos de bebês com microcefalia.
Boletim
divulgado hoje (1º) pelo Ministério da Saúde informa que 1.489 bebês nasceram
com microcefalia e outras alterações no sistema nervoso causadas por infecções,
55 a mais que o número divulgado na semana passada. Os dados são referentes a
registros feitos de outubro do ano passado até o dia 28 de maio.
Entre
os casos confirmados, 1.319 estão na Região Nordeste, sendo 358 em Pernambuco,
onde se concentra o maior número de bebês com as malformações, e 249 na Bahia.
Do
total de casos confirmados, apenas 223 tiveram exame laboratorial provando que
foram causados pelo vírus Zika. Porém, segundo o Ministério da Saúde, a maior
parte dos casos confirmados foi causada pelo vírus, embora não tenham
comprovação por exames.
Desde
o início das investigações, em outubro de 2015, foram notificados 7.723 casos
suspeitos, sendo que 3.072 foram descartados e 3.162 permanecem em
investigação. Os 1.489 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 539
municípios, localizados em 25 unidades da federação.
A
microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika,
como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola,
citomegalovírus e herpes viral.
Zika
Transmitido
pelo mosquito Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014,
mas teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de
2015.
O
que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre do ano passado, era que sua
evolução costumava ser benigna e que os sintomas, geralmente erupção cutânea,
fadiga, dores nas articulações e conjuntivite, além de febre baixa, eram mais
leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo
Aedes aegypti.
Porém,
em outubro de 2015, exames mostraram a presença do vírus no líquido amniótico
de um bebê com microcefalia, que morreu logo depois do nascimento. Em 28 de
novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas
pelo vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível
do cérebro que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos.
Pesquisadores confirmaram que a Síndrome de Guillain-Barré também pode ser
ocasionada pelo Zika.
Em
fevereiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde declarou emergência em
saúde pública de importância internacional por causa das implicações da
infecção pelo vírus.
Agência
Brasil
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