Lula diz se sentir provocado a disputar eleições de 2018.
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (29) que se sente provocado
a voltar a se candidatar à Presidência da República em 2018. Ele destacou que o
partido tem outros nomes de qualidade, mas ele está disposto a “brigar”
novamente. As declarações do ex-presidente foram feitas em discurso a
trabalhadores e sindicalistas do ramo financeiro, quando Lula se queixou do
tratamento dado a ele pela imprensa, das acusações que vem recebendo e de
vazamento seletivos contra o PT.
“Eu
tenho 70 anos de idade. Pareço um jovem de 30 anos. Mas o seguinte: eu tenho
muita vontade de brigar. Se o que eles estão falando pela imprensa de que o
objetivo de tudo isso é tirar o Lula da campanha de 2018, não precisava fazer
isso. Porque a gente pode escolher um outro companheiro com mais qualidade ou
uma companheira”, disse. “Agora, essa provocação me dá uma coceira, me dá sabe
aquele chamegão. Achar que eu vou ficar quieto por conta de ameaça, eu não vou.
Eu duvido que tenha alguém nesse país que seja mais cumpridor da lei do que eu.
A única coisa que eu quero é respeito”.
Lula
pediu que setores da imprensa não o julguem e o condenem por meio de manchetes e disse que há em curso uma
ação premeditada de criminalizar o PT. “Que há vazamentos seletivos da imprensa
contra o PT, eu não tenho dúvida. Eu não sou de ficar chorando, eu sou de ficar
brigando. Eu acho que a gente tem que ter consciência do processo que está
acontecendo no Brasil”, disse.
O
ex-presidente disse que sua história de vida mostra que não será fácil
derrotá-lo. “Eles não sabem que eu fui criado com umbuzada. Eles não sabem. Na
maior seca do mundo você encontra [o fruto] umbu. E quem comeu umbuzada é duro
morrer antecipadamente e muito menos morrer pela vontade dos outros”.
Golpe
O
ex-presidente criticou novamente o processo de impeachment da presidenta da
República afastada Dilma Rousseff e ressaltou que os votos sobre o afastamento
dela no Congresso Nacional não refletem a vontade da população brasileira.
“Eles
acharam muito mais fácil ganhar uma eleição dando um golpe no Congresso
Nacional, tendo 342 votos, porque já tinham perdido na rua quando a Dilma teve
54 milhões de votos”, disse. “Eles ficavam pensando: vamos dar um jeito de
acabar com isso, é demais essa mulher aí. Daqui a pouco volta aquele nordestino
outra vez e vem querer governar outra vez. Aí são mais quatro anos esperando.
Vamos acabar com isso”.
Agência
Brasil
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