Presidente do Sintab critica programa Escola sem Partido.
Educadores
brasileiros estão discutindo, atualmente, a possível aprovação do Projeto de
Lei (PL) nº 867/2015, que é popularmente conhecido como programa Escola sem
Partido.
O projeto
defende no artigo 4º que professores não podem se apropriar da audiência cativa
dos alunos para promoverem interesses, opiniões, concepções ou preferências
ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias.
Além
disso, os educadores têm que apresentar aos alunos as principais teorias e
opiniões ao tratar sobre questões políticas, socioculturais e econômicas e
respeitar o direito dos pais dos alunos em que seus filhos recebam educação
religiosa e moral de acordo com suas convicções.
Nessa
quinta-feira (11), no auditório das Damas, o Sindicato dos Trabalhadores
Púbicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab) realizou a palestra “Escola
sem Mordaça”, que teve como palestrante o professor de história, coordenador
geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e
Profissional (Sinasefe) e da Frente Nacional Contra a Escola sem Partido,
Fabiano Godinho Faria.
O
presidente do Sintab, Nazito Pereira, afirmou que a presença do professor em
Campina Grande é importante para reforçar os argumentos contrários ao Escola
sem Partido que tenta “calar a boca dos professores”.
–
Todos que compõem a direção do Sintab não concordam com essa vergonha nacional.
Isso é mais um golpe da direita, que está tentando imobilizar o país inviabilizando
a educação. Essa direita que vem tentando imobilizar o país, através de PL,
para que os professores não possam fazer reflexões sobre questões de gênero,
fazer reflexões sobre religiões, poder argumentar os princípios sociais
marxistas que nada disso leva a sociedade a um colapso – criticou.
Nazito
disse que deseja organizar outro evento para debater sobre Escola sem Partido
para não deixar a “peteca cair”.
–
Para nós, isso é mais uma ditadura do que uma democracia – afirmou.
Ele
informou que no dia 16 de agosto deste ano será realizada uma paralisação
nacional em defesa do aumento no número dos empregos e dos direitos da classe trabalhadora, que
poderá sofrer alterações pelo governo federal.
–
O fato de parar é um protesto contra essas questões que vêm sendo colocadas na
mídia por políticos da direita – concluiu.
*As
informações foram veiculadas na Rádio Caturité AM.
Redação
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