Com fim de casamento, pai espanca filho de 11 anos com barra de ferro.
Com
marcas da violência pelo corpo, criança foi levada para fazer exame de corpo de
delito
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Um
menino de 11 anos ficou com o corpo cheio de hematomas após levar uma surra com
uma barra de ferro em Lagoa de Pedras, a cerca de 50 km de Natal. “Foi o pai
dele quem o espancou porque ficou com raiva do fim do nosso casamento. Agora
estamos todos com medo de morrer”, disse a mãe do garoto.
Dono
de uma oficina mecânica, o pai do menino tem 36 anos e está sendo procurado
pela polícia. A violência aconteceu neste domingo (30) no distrito de Mandu,
zona rural da cidade.
O
G1 conversou com a mãe da criança após ela deixar o Instituto Técnico de
Perícia (Itep), em Natal, onde levou o filho para fazer exame de corpo de
delito. Foi acompanhada por um conselheiro tutelar da cidade. “Estou
amedrontada. Ele também tentou me matar. Foi atrás de mim bem cedinho, logo que
o dia nasceu. Só que eu tinha acabado de sair de casa com minha mãe. Ele tentou
passar com o carro por cima da gente duas vezes. Graças a Deus conseguimos
correr”, relatou.
Ainda
de acordo com mãe, o ex-marido foi embora após a tentativa de atropelamento,
mas logo voltou. “Eu já estava na casa da minha mãe quando ele apareceu
novamente querendo me pegar. Minha mãe não disse onde eu estava. Então ele
voltou para a minha casa e tentou arrombar a porta a chutes. Não conseguiu",
contou a mulher.
"Depois,
ficou sabendo que nosso filho estava dormindo na casa de um vizinho e foi até
lá, invadiu a casa e começou a bater no menino com uma barra de ferro. Depois
ele botou o menino dentro do carro e voltou para a casa da minha mãe, ameaçando
matar o garoto para que minha mãe falasse onde eu estava. Ele deu uma nova
surra nele. Por sorte meu filho conseguiu sair correndo. Depois disso ninguém
mais viu meu ex-marido”, acrescentou.
Segundo
o conselheiro tutelar, que pediu para não ser identificado, a primeira
providência foi dar queixa à polícia. Eles estiveram na cidade de Santo
Antônio, onde funciona a Delegacia Regional da Polícia Civil, e contaram o caso
para o delegado Everaldo Fonseca. O G1 tentou falar com o delegado, mas não
conseguiu contato.
Após
o exame de corpo de delito no Itep, a mulher disse que tem medo de voltar para
casa. “Não sabemos o que fazer. Meu filho precisa voltar para casa, porque ele
tem colégio. E eu, que sou agricultora, preciso voltar a trabalhar. Sou eu quem
sustento meus meninos. Tenho três filhos para criar, todos com esse meu
ex-marido. Ele pode tentar algo pior comigo e com nossa família. Ele pode
querer nos matar”, disse a mulher.
G1
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