Depois da pirâmide invertida, a Mandala é o novo caso de polícia.
A mandala é um diagrama
composto de formas geométricas concêntricas, utilizado no hinduísmo, no
budismo, nas práticas psicofísicas da ioga e no tantrismo. Todas as práticas
têm como características a meditação e a paciência. Porém um sistema que está
sendo distribuído principalmente por meio de grupos de WhatsApp, que promete
ganhos de ao menos R$ 800 diante um investimento de R$ 100, está desvirtuando a
palavra, que já pode ser chamada, principalmente pelas vítimas, de golpe.
O problema é que, de
acordo com o promotor Glauberto Bezerra, a organização possui indícios de
pirâmide financeira, uma vez que os últimos participantes acabam custeando os
lucros de quem aderiu antes. Para alguém ganhar, outros perdem. E como não há
nenhum produto envolvido, os casos estão, literalmente, virando casos de
polícia.
No esquema, o dinheiro é
depositado diretamente na conta bancária pessoal e cada participante é
responsável por convidar novas pessoas. Não existem produtos sendo
comercializados, portando a promotoria do consumidor afirma que é a polícia que
está tratando os casos, mas não a federal, como nos casos da Telexfree, mas sim
a civil, que foi procurada, mas não se manifestou a respeito das situações.
O sistema é dividido em
quatro grupos - fogo, ar, terra e água. Ao aderir, o usuário investe pelo menos
R$ 100 e precisa convidar mais duas pessoas para que também invistam. Depois de
completar a quantidade necessária de participantes, recebe de cada um o valor
também de R$ 100. Nos grupos de WhatsApp, as mensagens afirmam até mesmo que
crianças estão participando do esquema, como no trecho: “Gente... essa uma
maneira muito legal de ganhar um dinheiro extra, até crianças estão fazendo
suas mandalas com valores mais baixos”
Jornal Correio da Paraíba
Nenhum comentário