No Recife, assalto aterroriza zona oeste e deixa rastro de destruição.
Uma grande ação criminosa
orquestrada para roubar o cofre da empresa de transporte de valores Brinks, na
Estância, deixou um rastro de confrontos com a polícia e aterrorizou moradores
de diversos bairros da zona oeste com os tiroteios ouvidos durante a madrugada
de hoje (21).
Cerca de 20 criminosos,
segundo a Polícia Militar (PM), fizeram parte da ação que explodiu o muro de
uma conveniência de posto de combustível que fica ao lado da empresa para ter
acesso direto à sala do cofre, o que indicaria o conhecimento do interior do
prédio. O cofre também foi explodido, mas não há informações sobre os valores
roubados.
O comandante da PM,
coronel Vanildo Maranhão – empossado ontem (20) no cargo – relatou em
entrevista a uma emissora local de televisão que o grupo é “altamente
organizado, preparado e treinado”, e não tinha sotaque pernambucano, mas do
sudeste ou sul do país.
Caminhão usado para abrir caminho pelos criminosos foi incendiado |
Para fazer o roubo, a
quadrilha fez um cerco de 360 graus à empresa por volta de duas horas da
madrugada. Além de fazer cinco pontos de bloqueio em vias dos arredores, uma
blitz do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) que fica próxima à
transportadora de valores foi atacada pelos bandidos. Um policial foi baleado
na perna com um tiro de fuzil. A PM informou que o militar foi levado ao
Hospital da Restauração e passa bem.
Enquanto o grupo estava no
interior da empresa arrombando o cofre, a Batalhão de Polícia de Radiopatrulha
chegou ao local e fez o cerco. A Companhia Independente de Operações Especiais
entrou no prédio com o grupo tático, e houve novo confronto com os criminosos.
Dois policiais foram baleados de raspão, um no braço e o outro na orelha. Ambos
também foram socorridos e estão bem sem risco de morte.
O interior do prédio ficou
bastante danificado, assim como a conveniência usada para acessar a
transportadora. Além disso, vídeos divulgados em redes sociais mostram o
barulho do tiroteio intenso e prolongado ouvido em diferentes pontos da cidade,
que durou mais de uma hora. Na rua, dois veículos blindados, uma Blazer e uma Hillux, foram abandonados nos arredores.
Em um dos veículos foi encontrado um fuzil, e também munições e carregadores.
Em vários pontos da cidade
o grupo fez trincheiras com carros incendiados para atrapalhar a perseguição feita
pela polícia, o que transformou o Recife em um cenário de guerra. Até agora
ninguém foi preso.
A transportadora de
valores Brinks divulgou uma nota afirmando que está colaborando com as
investigações. Segundo a companhia, nenhum trabalhador ficou ferido na ação.
Agência Brasil
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