Preso grupo suspeito de lucrar R$ 2,7 milhões com golpe do massageador.
Um grupo de 14 pessoas foi
desarticulado nesta quinta-feira (30), no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa,
suspeito de praticar um “golpe do massageador” e lucrar mais de R$ 2,7 milhões
por meio de estelionato, segundo a Polícia Civil. O golpe funcionava por meio
da venda de aparelhos de massagem com preços superfaturados, garantindo
"curas milagrosas" às vítimas.
No local, além das
prisões, a Polícia Civil apreendeu documentos em que constam a negociação de
pelo menos 1.500 aparelhos massageadores em todo o país. De acordo com o
delegado de defraudações e falsificações Lucas Sá, eles teriam praticado o
golpe em pelo menos cinco estados - os estados São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas
Gerais.
A investigação na Paraíba
começou há cerca de uma semana, após pelo menos seis vítimas procurarem a
Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa para denunciar o
crime. “Os suspeitos se apresentavam como representantes de uma empresa de
Contagem, em Minas Gerais, e ofereciam o produto a um valor pelo menos 31 vezes
maior do que o de mercado, com a garantia de que ele seria milagroso e que
curava várias doenças articulares”, explica o delegado Lucas Sá.
De acordo com a polícia, o
produto era vendido a R$ 3,8 mil, mas o aparelho entregue é um massageador
comum, cujo valor de mercado é entre R$ 80 e R$ 120. O mesmo golpe já estava
sendo praticado há pelo menos oito meses, em São Paulo, Rio de Janeiro,
Pernambuco e Minas Gerais. Na Paraíba, o grupo estaria atuando desde fevereiro,
tendo feito mais de 50 vítimas em João Pessoa, Patos e Cajazeiras.
“Após a prisão de um dos
suspeitos no dia 23 de março, em Cajazeiras, nós conseguimos identificar o
escritório do grupo e o depósito dos equipamentos, em um endereço no bairro de
Jaguaribe. De lá o grupo tinha a base para a atuação em todo o estado”, diz
Lucas Sá.
Ainda de acordo com o
delegado, os suspeitos presos são moradores da Paraíba, de Minas Gerais, do
Espírito Santo, do Maranhão, de Pernambuco e de São Paulo. “Iremos agora
investigar a participação de outras pessoas aqui na Paraíba, bem como entrar em
contato com as polícias dos outros estados onde o golpe foi registrado para saber
também como agia o grupo e se há outros núcleos com mais pessoas participando
nestes estados”, completa Lucas Sá.
G1
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