Correios vão cortar cargos de chefia e devem reabrir programa de demissão.
A reestruturação dos
Correios, proposta nesta semana, prevê o corte de um número significativo de
cargos de chefia e gerência, afirmou ao G1 o presidente da estatal, Guilherme
Campos.
Com as mudanças, afirmou
Campos, a empresa deve reabrir na próxima semana uma nova rodada do Programa de
Desligamento Incentivado (PDI). Seria a terceira rodada do PDI.
“Estamos vendo a
possibilidade de reabrir o PDI. Já chegou a demanda após a reestruturação da
empresa”, disse.
Segundo Campos, muita gente
que estava confortável dentro da empresa com as gratificações pagas começou a
ponderar a opção pelo PDI após o anúncio dos cortes.
Com a terceira rodada, disse
Campos, os Correios esperam superar a meta inicial, que era a adesão de 8 mil
funcionários no PDI. Até agora, cerca de 6,5 mil servidores da estatal já
entraram no programa. Na primeira rodada foram cerca de 5 mil funcionários e,
na segunda, que foi finalizada na semana passada, foram 1.500.
Campos explicou que será
preciso esperar o resultado final do PDI e os avanços obtidos com a
reestruturação antes de se falar em demissão de servidores concursados.
Economia
A reestruturação dos
Correios faz parte de uma ação para trazer as contas da estatal para o azul. Só
o corte de gerencias, afirmou o presidente, vai gerar uma economia anual que
pode chegar a R$ 50 milhões. A empresa soma cerca de R$ 4 bilhões de prejuízo
entre 2015 e 2016.
Com a reestruturação, os
Correios passaram a contar com uma vice-presidência Comercial, uma de
Operações, uma de Canais e uma de Negócios e Governo.
Segundo Campos, a empresa
unificou as equipes. Antes, cada área da empresa – postal, encomendas,
logística e varejo – tinha uma equipe de venda, de marketing e operação.
"A operação era tão
separada que às vezes havia ociosidade na área de encomendas, mas a de
logística estava sobrecarregada", explicou.
G1
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