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JBS teve "aula de delação" 15 dias antes de gravar Temer.

Joesley foi peça fundamental na estratégia de gravar presidente Temer e senador Aécio
Estratégia foi fechada entre a Procuradoria Geral da República e o advogado de confiança dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

A gravação de conversas com o presidente Michel Temer (PMDB) e com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi apenas parte de um longo processo da delação premia da J&F, empresa controladora das marcas JBS e Friboi. Duas semanas antes de chegar dirigindo o próprio carro ao Palácio do Jaburu e gravado com sua conversa com Temer, Joesley Batista, presidente da holding, assim como seu irmão Wesley e colaboradores seus, passou por uma verdadeira "aula" de delação premiada.

Tudo havia sido combinado entre os dias 19 e 20 de fevereiro entre o advogado Francisco de Assis e Silva, diretor jurídico da JBS, o procurador da República Anselmo Lopes e a delegada Rubia Pinheiro, da Polícia Federal. Lopes e Rubia explicaram em detalhes ao advogado, profissional da estrita confiança dos Batista, como funcionaria a colaboração premiada.

Joesley disse aos investigadores que tinha como missão falar com o presidente que vinha comprando o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro. A dupla está presa em Curitiba. Temer, no entanto, nega que tenha concordado com isso.

Joesley gravou o presidente por iniciativa própria. Logo depois da "armadilha" para o presidente, o advogado do empresário comunicou os investigadores do encontro com Temer e do teor da conversa. Joesley, Wesley e cinco executivos assinaram então um pré-acordo de delação com a Procuradoria Geral da República (PGR).

A partir daí, começariam oficialmente as "ações controladas", nas quais conversas e mensagens seriam monitoradas para engordar o arsenal dos Batista. O senador Aécio Neves (PSDB) foi outro que caiu na "armadilha" ao ser flagrado pedindo dinheiro. No total, a delação da JBS envolve 1.829 políticos do país.



O Tempo

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