Ex-prefeito de Itabaiana é investigado por falta de pagamento de servidores.
O ex-prefeito de Itabaiana,
Antônio Carlos Rodrigues de Melo Júnior (PMDB), e o ex-tesoureiro do município,
Luiz Moreira de Barros Filho, são alvos de investigação do Ministério Público
da Paraíba (MPPB). Na manhã desta quinta-feira (20), a Polícia Civil cumpriu
mandados de busca de apreensão em residências dos ex-gestores de Itabaiana.
Entre os motivos para a investigação estão atraso no pagamento de servidores da
prefeitura e suspeita de desvio de verbas públicas.
O G1 tentou entrar em
contato com os ex-gestores, mas eles não foram encontrados.
Os procedimentos são
realizados de forma sigilosa, mas o MPPB confirmou que vem recebendo denúncias de
supostas práticas criminosas praticadas pela antiga gestão municipal, sobretudo
em razão do não pagamento dos salários dos servidores públicos municipais e da
realização de transações bancárias nos últimos dias do mandato.
O dinheiro estaria saindo de
contas da prefeitura, que estavam bloqueadas por determinação do Tribunal de
Contas do Estado (TCE-PB) e por decisão judicial proferida pela 1ª Vara da
Comarca de Itabaiana.
A promotora substituta de
Itabaiana, Miriam Vasconcelos, informou ao G1 que boa parte dos procedimentos
envolvem o não pagamento dos servidores. “O prefeito estava em atrasando os
pagamentos e foi feito um acordo para que os pagamentos forram regularizados.
Ele voltou a pagar, mas depois da eleição, quando ele perdeu a campanha, os atrasos
voltaram”, disse.
Entre outras
irregularidades, a investigação realizada pelo MPPB constatou também que, com a
posse do novo prefeito e da equipe, foi verificada a ausência de diversos
documentos públicos contábeis e registros eletrônicos nas secretarias do
município, isto é, os computadores da prefeitura haviam sido violados e tiveram
os HDs retirados.
A promotora titular da 1ª
vara da comarca de Itabaiana, Ana Carolina Coutinho Ramalho Cavalcanti,
ressaltou que o ex-prefeito de Itabaiana, apesar de notificado por inúmeras
vezes para comparecer até a Promotoria de Justiça, “jamais prestou qualquer
esclarecimento sobre os fatos investigados, não demonstrando até o presente
momento qualquer intenção de colaborar com as investigações”.
G1
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