Judiciário X Executivo: Precatórios no centro de polêmica.
O presidente do Tribunal de
Justiça da Paraíba (TJPB), desembargador Joás de Brito Pereira Filho (foto), mandou um
recado para governador Ricardo Coutinho (PSB), em relação ao sequestro de R$ 33
milhões do Estado para o pagamento de precatórios, afirmando que vem cumprindo
seu papel de “fazer Justiça”. Segundo ele, na condição de chefe do Judiciário
não pode percorrer outro caminho que não seja o da Justiça e fazer cumprir as
decisões judiciais.
Joás falou sobre o embate
judicial que vem sendo travado entre o Judiciário e o Executivo, por conta do
descumprimento do repasse do duodécimo para os Poderes e para pagamentos de
precatórios da fila ordinária, que está emperrado no ano de 2006. Segundo ele,
para efetuar o pagamento desses credores, o Governo só passou a repassar
recursos em maio, ficando pendentes os meses anteriores, que serão quitados a
partir do sequestro.
Em relação à Lei
Orçamentária Anual (LOA), que foi aprovada pela Assembleia Legislativa (ALPB)
sem o reajuste de 3% para atender aos Poderes, o presidente do TJPB preferiu
não se pronunciar, porque a questão está judicializada e que vai aguardar o
julgamento para se manifestar nos autos.
Precatórios. De acordo com
Joás a dívida do Estado é de mais de R$ 2,1 bilhões. Além da modalidade
ordinária, dentro da ordem cronológica, há também a da chamada fila de
preferenciais, que só do ano de 2006 há mais de mil pedidos de pagamentos
preferências que não consegue atender.
A modalidade de acordos
diretos, cujo pagamento é feito com um desconto de 40%, vem sendo coordenada
diretamente pelo Governo e já está na quarta edição celebrando acordos
relativos aos precatórios de 2011.
“Procurei o governador para
resolver essa questão dos meses atrasados e não conseguimos. Fizemos a
notificação, dando prazo e não houve cumprimento da decisão, partimos para o sequestro
dos recursos para o pagamento”, declarou.
Defensoria. Outro impasse,
como revelou Joás de Brito durante a entrevista, foi a iniciativa do TJPB a
passar a publicar os atos da Defensoria Pública do Estado no Diário da Justiça:
“Quando assumimos a presidência a defensora nos procurou para falar da
dificuldade de ter seus atos publicados. Aí fizemos um convênio com a
Defensoria para passarmos a fazer essa publicação”.
Jornal Correio
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