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Caminhoneiros da PB chegam ao 5º dia de greve apesar de proposta do governo.

Caminhoneiros mobilizados em Campina Grande

A paralisação dos caminheiros chegou ao 5º dia na Paraíba, nesta sexta-feira (25). Mesmo após uma proposta do Governo Federal, anunciada nesta quinta-feira (24), a categoria permanece com a greve em pelo menos quinze pontos de interdições em rodovias da Paraíba. De acordo com Hemerson Galdino, presidente do Sindicato de Motoristas de Entregas do Estado da Paraíba, manter a redução de 10% é insignificante.

A mobilização acontece desde segunda-feira (21) por conta da alta nos preços dos combustíveis. Os caminhões que abastecem os postos de combustíveis estão parados no Porto de Cabedelo, em protesto. Em geral, os trechos são interditados com caminhões e apenas carros de passeio estão sendo liberados. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), todas as interdições são parciais.

De acordo com os caminhoneiros, a categoria reivindica, principalmente, a redução no preço do óleo diesel. Além disso, pedem o aumento no valor do frete, melhorias nas condições de trabalho e a extinção do pedágio nas rodovias estaduais.

Confira os pontos de interdições nas rodoviais federais da PB nesta sexta-feira

BR-230 (km 3), em Cabedelo
BR-101 (km 89), em João Pessoa
BR-230 (km 403), em Pombal
BR-230 (km 35), em Bayeux
BR-230 (km 153), em Campina Grande
BR-230 (km 143), em Campina Grande
BR-230 (km 165), em Campina Grande
BR-230 (km 146), em Campina Grande
BR-230, na entrada da cidade de Patos
BR-230 (km 213), em Soledade, no Cariri
BR-230 (km 119), em Riachão de Bacamarte
BR-230 (km 123), em Riachão de Bacamarte
BR-412 (km 18), em Boa Vista, no Agreste
BR-412 (km 145), em Monteiro, no Cariri
BR-104 (km 118), em Lagoa Seca, no Agreste

Veja os principais reflexos da paralisação no estado

Combustível

Até a quinta-feira (24), dos 102 postos existentes em João Pessoa, 19,6% não tinha nenhum combustível, de acordo com a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP). As informações foram divulgadas por volta das 18h30 desta quinta-feira (24). Esse percentual representa pelo menos 20 locais sem abastecimento na capital paraibana.

Em Campina Grande, os postos estão começando a serem reabastecidos com os caminhões que saíram do Porto de Cabedelo, na noite de quinta-feira (24), quando não havia nenhum tipo de combustível na cidade, conforme informou o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Campina Grande e Interior da Paraíba (Sindirev).

Transporte público

Em João Pessoa, os trabalhadores amanheceram a sexta-feira (25) com poucos ônibus circulando na cidade. Motoristas de transportes escolares e motoboys fecharam a garagem da empresa Transnacional, no bairro de Água Fria. A interdição começou por volta das 3h30, de acordo com Isaac Júnior, superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivos Urbanos (Sintur-JP). Por volta das 6h da manhã, os ônibus começaram a ser liberados da garagem, no entanto, com atraso de duas horas.

Na capital, permanece uma circulação de 75% da frota de ônibus. Segundo Isaac, há combustível pra manter a quantidade do efetivo previsto para os próximos dias.

Em Campina Grande, permanece a redução de 40% da frota nesta sexta-feira. Na quarta-feira (23), a previsão era de 30% da frota não circular na cidade. Félix Araújo, superintendente de Trânsito e Transportes Públicos (STTP), informou que o combustível só é suficiente até esta sexta-feira (25).

Falta de alimentos

Além das interdições, há um desabastecimento também de mercadorias, já que os caminhões de carga estão parados nas rodovias ou sem combustíveis. Na Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa), em Campina Grande e João Pessoa, os comerciantes estão trabalhando com o que ainda têm no estoque. Da noite de quinta-feira para a manhã desta sexta-feira, nenhum caminhão chegou nos dois polos e em Patos.

Em João Pessoa, em dias normais, até a quinta-feira a previsão é de um fluxo de 120 caminhões por dia, mas durante a greve, cerca de trinta veículos chegaram na Empasa para abastecimentos. Já em Campina Grande, o normal é que o fluxo de caminhões fique dentro de uma variação de 150 a 170 veículos por dia, mas da quarta para a quinta-feira, apenas seis caminhões entraram no local.

Segundo José Tavares, diretor presidente da Empasa, na capital já estão faltando alguns alimentos, como batata, cebola, chuchu, couve-flor, cenoura e tomate, o que, naturalmente, provoca uma alta nos preços dos supermercados.
De acordo com Damião Evangelista, superintendente da Associação de Supermercados da Paraíba (ASPB), alguns produtos já estão em falta nas prateleiras dos supermercados. "O principal setor que sofre com o desabastecimento é o de frios, porque o abastecimento é quase diário", alertou. Além disso, o setor de hortifruti já está prejudicado. Como não há um abastecimento na Empasa, não é possível fazer o repasse para os estabelecimentos. "Há dois dias a Empasa não distribui", informou Damião.

Segundo Damião, o estoque de alimentos não perecíveis deve durar, em média, oito dias. No entanto, a partir da segunda-feira (28), o setor de açougue pode começar a sofrer com o desabastecimento. "Mesmo com os distribuidores tendo o produto, não conseguem sair pra fazer a entrega", pontou.

Sobre medidas de contingência, ele informou que nenhum supermercado da Paraíba está limitando a quantidade de produtos vendidos, mas que alguns suspenderam as promoções do fim de semana. A única exceção foi um supermercado, que já foi orientado a suspender a medida.

G1

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