Nesta quinta (14) é lembrado o Dia Mundial do Doador de Sangue.
A médica hematologista Nadia
Misael, da Aliança Instituto de Oncologia, fala sobre benefícios, importância e
tipos de doação.
Nesta quinta-feira (14/06) é
lembrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data, criada em 2014, pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), tem o objetivo de agradecer o empenho dos
doadores voluntários e conscientizar o público em geral sobre a falta de
doadores por todo o mundo. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito
Federal (SES-DF), o hemocentro recebe anualmente cerca de 70 mil candidatos a
doação de sangue, aproximadamente 2,3% da população do DF, acima da média do
Brasil que tem 1,8% de doadores.
Dados recentes, mostram que
no Brasil, 1,8% da população doa sangue, número que está dentro dos parâmetros,
de pelo menos 1%, mas longe da meta da OMS, de 3% da população doadora.
A médica hematologista Nadia
Misael, da Aliança Instituto de Oncologia, afirma que a doação pode trazer
diversos benefícios. "Para o doador, o benefício é saber que sua saúde
está adequada e que sozinho o mesmo irá conseguir recuperar a quantidade de
células doadas. Além de ajudar alguém que está necessitando muito desta do
sangue, para sair da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), realizar uma
quimioterapia ou se recuperar de uma cirurgia", aponta.
De acordo com Nadia há dois
tipos de doação, por aférese ou doação de sangue total. A modalidade mais comum
é a doação de sangue total, na qual, é retirado cerca de 400 a 450 ml de
sangue. Neste tipo, o doador não entra em contato com o anticoagulante, diferente
da aférese. Essa doação é rápida, dura menos de 10 minutos, com poucos efeitos
colaterais.
Menos comum, na doação por
aférese o sangue do doador é processado em uma máquina, para isso, é utilizado
um anticoagulante. "Nesta modalidade, é retirado um grupo específico de
células, apenas as plaquetas ou hemácias", explica.
Segundo a médica, essa
doação demora um pouco, cerca de uma hora ou mais, a depender do acesso venoso
do paciente. Ela acrescenta que existe o retorno para o doador de
anticoagulante, por isso, alguns pacientes podem ter alguns efeitos colaterais
desta medicação. São candidatos a doação por aférese os doadores frequentes com
bom acesso vascular.
Nadia destaca que para
realizar a doação de sangue é necessária uma entrevista prévia para avaliação
da saúde do doador, que precisa ter entre 16 e 69 anos e ainda pesar mais de 50
quilos. "Não é necessário jejum para a doação de sangue", finaliza.
Ascom
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