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Pai teria dado R$ 2 mil a pistoleiros

O bancário aposentado Francisco Serafim Barros, 60 anos, preso na quinta-feira em Cuiabá (MT), acusado de planejar a morte do próprio filho, Fábio Cézar de Barros Leão, 40 anos, ganhador de R$ 28,8 milhões da Mega-Sena, teria dado R$ 2 mil a um parente distante para a contratação de dois pistoleiros para executar o crime. No entanto, eles não chegaram a executar o serviço, segundo afirmou o delegado da Polícia Civil que cuida do caso, Ivan Barreiras.

Pai e filho disputam na Justiça o controle da fortuna há cerca de três anos. Fábio, que ganhou po prêmio em 2006, depositou o dinheiro na conta do pai, mas pediu o dinheiro de volta. Aproximadamente R$ 12 milhões, além de propriedades rurais compradas com o dinheiro estão em nome do aposentado. Os dois não se falam desde o início da discórdia judicial.

As investigações começaram em março, após a prisão dos supostos pistoleiros Ademar Oliveira da Silva e Maxuel Silva dos Santos, habitantes da cidade de Rio Verde de Goiás (GO). Eles foram detidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na cidade de Bandeirantes (MS). Com a dupla, foram encontradas armas e fotografias de um casal. Os dois foram soltos por falta de provas, mas as investigações seguiram, com a ajuda de escutas telefônicas.

De acordo com o delegado, José Gonçalves de Moraes, conhecido como Zé Gordo, primo distante do aposentado, teria contratado os supostos pistoleiros por R$ 2 mil. O crime seria executado em março, na cidade Campo Grande (MS), onde Fábio, que é ex-vidraceiro, possui uma casa, e costumava visitar a noiva.

No fim de semana escolhido para o crime, os supostos pistoleiros se hospedaram próximos à casa de Fábio, mas ele não apareceu. A polícia acredita que a dupla foi presa quando retornava para Goiás, onde vivem, mas poderiam executar o plano em outra ocasião.

Foram presos nesta quinta-feira, o aposentado, o filho caçula, Fabiano Barros, 33 anos, os dois supostos pistoleiros e o contratante da dupla. Eles foram levados para Campo Grande (MS), onde estão sendo conduzidas as investigações.

Os advogados do aposentado e do filho caçula pediram a liberdade dos dois, mas até à noite deste sábado, a Justiça não havia se manifestado. Os dois negam o crime. Fabiano, que possui uma fazenda em Juscimeira (MT), foi detido com um arsenal de armas. "Qual fazendeiro que não guarda armas em casa?", disse após o depoimento neste sábado.

Há quatro semanas, o aposentado foi contratado para ocupar o cargo de superintendente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), mas perdeu o emprego, assim que foi preso. A entidade confirmou o afastamento em nota divulgada à imprensa.

Fabio também é acusado de matar a tiros um homem durante uma discussão ocorrida num bingo beneficente, promovido em Cuiabá (MT), em 2005.

Do Portal Terra

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