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Correio Braziliense destaca traição do PT paraibano ao candidato do PSB.

Correio Braziliense destaca traição do PT paraibano ao candidato do PSBDos seis estados onde o Partido Socialista Brasileiro venceu a eleição, apenas na Paraíba o PT ficou ao lado do candidato adversário, destaca reportagem do Correio Braziliense. “Ali, a opção dos petistas foi por José Maranhão, do PMDB, que ocupou o papel de aliado preferencial da então candidata Dilma Rousseff. Os socialistas, assim , foram deslocados da posição que ocuparam durante o período de ‘vacas magras’ dos petistas”, diz o jornal.

Enquanto o PT participará efetivamente dos governos de Pernambuco, Piauí, Espírito Santo, Amapá e Ceará, na Paraíba o socialista Ricardo Coutinho terá a companhia do de tucanos e democratas. A participação do PT no Governo do Estado, em princípio, é remota, de acordo com os observadores políticos, mas poderá acontecer aos poucos, dependendo do comportamento da bancada do partido Assembleia Legislativa.

CONFIRA A REPORTAGEM, NA ÍNTEGRA:

Para usar um paralelo com o futebol, como o presidente Lula tanto gosta, os socialistas referem-se a 2010 como o ano em que conquistaram uma vaga na primeira divisão da política. Com seis governadores eleitos, sendo dois campeões de voto (os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, reeleito, e do Espírito Santo, Renato Casagrande, donos de mais de 80% da preferência do eleitorado), o PSB ganhou mais status na coalizão do futuro governo. Perde apenas para o PT e o PMDB na hora de conversar sobre o ministério. Além disso, o partido consolidou uma aproximação com o PSDB, ao fazer parte das coligações de Beto Richa, no Paraná, e de Antonio Anastasia, em Minas Gerais.

O segredo do sucesso, diz o presidente do partido, o governador Eduardo Campos, está no “planejamento estratégico”. Da mesma forma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva há dois anos planejou a ascensão passo a passo da então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, os socialistas fizeram em 2009 o seu plano para conquistar espaços de poder importantes. E colocaram tudo no papel, uma espécie de livro de autoajuda, em que estabeleceram o discurso a ser usado, as metas e a radiografia da legenda a partir da redemocratização do Brasil.

Desde a chamada “refundação”, nos anos 1980, o partido cresce. Em 1994, por exemplo, elegeu 15 deputados. Na eleição seguinte, 1998, foram 18. Em 2002, quando Lula ganhou a Presidência, o PSB conquistou uma bancada de 22 parlamentares na Câmara Federal. Em 2006, já eram 27 e, agora, são 35 deputados.

O número de governadores dobrou em quatro anos. De três, agora são seis. E o de senadores subiu de dois para quatro. O único resultado que ficou longe da meta estipulada no planejamento estratégico foi o número de deputados federais: era eleger uma bancada 50 parlamentares Câmara .

“O partido, de qualquer forma, cresceu nas urnas, que é a melhor forma de se fortalecer, e é isso que importa”, afirma. “Além disso, esses resultados mostram que adotamos a estratégia acertada ao privilegiar os governos estaduais”, conclui Campos.

Poder local

No documento feito em 2009, o PSB só não tinha fechado um ponto: o lançamento de candidato a presidente da República, projeto do deputado Ciro Gomes (CE). Aos poucos, entretanto, os próprios socialistas concluíram que era necessário optar por um dos dois projetos: ou mantinham o PT ao seu lado em vários estados para consolidar alguns nomes e uma base para o futuro, ou teriam o dissabor de ver os petistas montando palanques avulsos para abrigar Dilma Rousseff em estados onde o PSB tinha interesse na aliança.

Na avaliação da cúpula do PSB, esses resultados mostram que a decisão de dar prioridade à conquista de poder nos estados e adiar o projeto nacional foi acertada.

A aproximação PT-PMDB leva o PSB a preparar também, discretamente, um plano B para 2014. Embora Eduardo Campos se mostre disposto a se engajar de corpo e alma no sucesso do governo Dilma, o presidente do PSB não deixará seu partido afundar em caso de naufrágio da aliança PT-PMDB ou mesmo de um processo de rebaixamento do seu papel na coalizão governista.

O PSB ficou com a prefeitura de Curitiba, em parceria com o PSDB, de Beto Richa, governador eleito do Paraná. E também tem a prefeitura de Belo Horizonte (MG), conquistada em 2008 num consórcio entre com o PT e o PSDB. Nas eleições deste ano, ficou ao lado de Aécio Neves para o Senado e de Antonio Anastasia para o governo estadual.

Em Alagoas, Eduardo Campos foi para a TV durante a campanha dizer que a reeleição do governador, Teotônio Vilela Filho (PSDB), era o melhor para o estado. O PSB de fato entrou na primeira divisão da política nacional e pode se dar ao luxo de escolher o próprio caminho.

Aliados

O PT ficou ao lado do PSB em cinco dos seis estados que serão governados pelos socialistas a partir de 2011: Pernambuco, Piauí, Espírito Santo, Amapá e no Ceará. Só não apoiou na Paraíba. Ali, a opção dos petistas foi por José Maranhão, do PMDB, que ocupou o papel de aliado preferencial da então candidata Dilma Rousseff. Os socialistas, assim , foram deslocados da posição que ocuparam durante o período de “vacas magras” dos petistas.

Da Redação com Correio Braziliense

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