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109 cidades ficam sem água de carros-pipa.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério, a demora na distribuição da verba ocorreu por problemas burocráticos, mas deve ser normalizada já na semana que vem. O abastecimento de água com carros-pipa é executado pelo Exército Brasileiro, através de três Batalhões no Estado, e destinado à zona rural dos municípios. Cada unidade fica responsável por uma parte do quantitativo total.
De acordo com o presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), Rubens Germano (Buba), o problema do abastecimento d’água através dos carros-pipa não pode ser resolvido no âmbito municipal. “Os municípios não têm interferência nessa questão, pois o abastecimento é coordenado em parceria pelo Exército, Defesa Civil e pelo governo federal, que também são responsáveis por resolver essa situação” , afirmou.

O chefe de Operação Pipa do 16º Regimento de Cavalaria Mecanizado, localizado em João Pessoa, Fábio Menezes, afirma que quando a distribuição é interrompida, algumas Prefeituras conseguem com recursos próprios atender à demanda. Em outros municípios não é possível essa alternativa e a situação é de “calamidade mesmo. E a gente não pode fazer nada, pois, sem dinheiro, não podemos pagar os pipeiros. Não é distribuída uma gota d’água sem verba”, disse.

Fábio lembra, ainda, que o objetivo de levar em caminhões a água potável, onde não se tem, é sobretudo a sobrevivência, utilizando o líquido para cozinhar e beber. O 16º Regimento assiste 120 mil pessoas, em 42 municípios do Alto Sertão e parte da Borborema. Ainda segundo o chefe de Operação Pipa do 16º, até o final do ano passado, 59 cidades eram atendidas pelo serviço, mas devido ao aumento das chuvas nessas regiões a distribuição foi suspensa temporariamente em 17 deles. Entretanto, “a tendência para o resto do ano é só aumentar, tendo em vista o início do período de estiagem da região”, alertou.

Já na área coberta pelo 15º Batalhão de Infantaria Motorizado, em João Pessoa, não houve mudança nos municípios atendidos. Segundo o tenente-coronel Umberto Ramos, responsável pela unidade, muitas vezes as precipitações não são bem aproveitadas e a água é salobra, imprópria para o consumo. “Tem água, mas não para as pessoas beberem. Quando acontece a normatização d’água, nós podemos suspender temporariamente o abastecimento, mas isso não tem acontecido”, apontou, acrescentando que o 15º Batalhão administra o abastecimento em 51 municípios, com pouco mais de 200 mil beneficiados.

O coronel frisou, ainda, que tão logo os recursos cheguem, em dois ou três dias, o serviço será normalizado. Ele citou também que o último município paraibano a ser inserido no programa foi Alagoa Grande – a 107 quilômetros da capital, no final de 2010. Em todo o Nordeste, são 730 municípios que devido à estiagem necessitam do abastecimento emergencial.

Quanto à frequência que os veículos vão até as comunidades, Umberto explica que depende da quantidade da demanda na região, podendo variar de uma ou duas vezes por semana. Cada pessoa tem direito a 20 litros por dia. Os municípios que não conseguem suprir a necessidade da população quanto à distribuição d’água potável devem requerer, junto ao exército, o cadastramento no programa. “Mandamos uma equipe para verificar se a solicitação procede e, em caso afirmativo, incluímos o município”, detalha.

Semanalmente, 30 oficiais ou sargentos, somente do 15º batalhão, trabalham na fiscalização da operação, desde a saída do carro-pipa da Cagepa (Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba) até o transporte chegar nas comunidades. O 31º Batalhão de Infataria Motorizado, localizado em Campina Grande, completa o ‘trio’ responsável pelo trabalho dos carros-pipa no Estado. A unidade atende 16 municípios e uma população de aproximadamente 50 mil.

Do JP

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