PICUÍ- PB: Antonio de Pádua Sobrinho fala dos impactos ambientais causados pela mineração na região.
A extração mineral sem
planejamento tem causado sérios impactos ambientais às áreas exploradas. Os
garimpeiros, pelo fato de sua maioria trabalhar na total clandestinidade, pelo
baixo nível de escolaridade e por nunca terem se organizado em cooperativas,
desconhecem completamente os prejuízos causados
pela lavra mineral predatória no presente e no futuro.
"É preocupante o grau de
degradação ambiental na região, decorrentes da atividade mineral. Os efeitos
são grotescos, visíveis à distância, por qualquer observador. A vegetação
nativa está gradativamente sendo destruída, o solo é removido por decapagem, os
topos dos morros e serras são reduzidos
pela retirada do minério, restando
imensas crateras com aspecto de paisagem lunar. Estéril e rejeito da
mineração são descartados em áreas adjacentes aos garimpos sem nenhuma seleção
de material, e nenhum cuidado para que em um futuro próximo venham a ser
carreados pelas enchurradas encosta abaixo, provocando o assoreamento de
córregos, rios e barragens à jusante, além
da contaminação potencial das águas utilizadas para o consumo humano
pela geração de drenagem ácida da mineração - DAM." Disse Antonio de Pádua.
"Podemos destacar também a
emissão de particulados provenientes das frentes de lavra, ocasionadas pelo
desmonte da rocha utilizando-se de ferramentas rudimentares ou explosivos,
modificando a qualidade do ar, trazendo principalmente complicações
respiratórias aos garimpeiros. Como por exemplo, a silicose que é uma doença
assintomática, cujo agente patogênico é a poeira de sílica, que vem aumentando
a cada dia o índice de infectados, a doença
apresenta-se de três formas: Silicose aguda que normalmente aparece
dentro dos 5 primeiros anos de exposição; a Silicose subaguda, normalmente
aparece após 5 anos de exposição e a Silicose crônica, aparece com cerca de 10
anos após o início da exposição." Concluiu.
Fonte: sobrinhopicui.blogspot.com
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