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Picuí-PB: O Profº e Técnico em Mineração, Antonio de Pádua Sobrinho, fala da silicose doença que afeta mineradores na região.


O professor, técnico em mineração, estudante de agroecologia e pesquisador dos recursos minerais na região do Curimataú e Seridó Paraibanos, Antonio de Pádua sobrinho, que tem acompanhado a atividade mineral na região, diagnosticando, e vivenciando a realidade dos pequenos mineradores, em entrevista cedida a este portal, falou da silicose doença causada pela poeira e pela inalação de minerais que contém quantidade variável de sílica.

O pulmão do trabalhador reage a essa deposição de poeira de sílica, causando o acumulo de tecido fibrótico. Como consequência, o trabalhador passa a apresentar dificuldade respiratória com baixa oxigenação do sangue, o que provoca tontura, fraqueza e náuseas.

A doença apresenta-se de três formas: silicose aguda que normalmente aparece dentro dos 5 primeiros anos de exposição; a silicose subaguda, normalmente aparece após 5 anos de exposição e a silicose crônica, aparece com cerca de 10 anos após o início da exposição. No Brasil é muito frequente, com cerca de 6.600.000 trabalhadores potencialmente expostos à sílica. Do total, cerca de 500 mil estão ligados à mineração.

Segundo o professor em andanças pela região nos últimos dias ele vem escutado relato de mineradores que adquiriram ou e até já morreram por causa da doença de que não tem cura.

“Na mineração em quase todas as etapas, o trabalhador está exposto à poeira contendo sílica, desde a perfuração, detonação, corte e retirada de minérios das frentes de lavra, até as etapas de beneficiamento que envolve desde o transporte até as etapas de britagem, moagem, peneiramento, e ensacamento de minérios. Uma forma do trabalhador não adquirir a doença é com a prevenção que deve ser feita com a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI´S as máscaras por exemplo. Porém como em nossa região a maioria dos trabalhadores não usam máscaras, ficando expostos a contraírem a doença o que é preocupante, pois como não existe tratamento curativo para a silicose, a prevenção assume grande importância, é preciso que os trabalhadores tenham consciência da importância do uso destes equipamentos” - Disse.
Pulmão com silicose
Fonte: Blog do Sobrinho

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