Delegado diz que a maior parte dos bens do italiano que chefiava um esquema internacional de “lavagem de dinheiro” está em PICUÍ.

As
investigações para desarticular o esquema começaram em 2009. O italiano, que
tem 40 anos, chegou ao Brasil em 2005, mas não há informações de quando ele
chegou à Paraíba. Fabiano Emídio informou que pelo menos dez pessoas têm
ligação com o esquema. O empresário italiano recrutava 'laranjas', como amigos
e empregados, para o funcionamento da lavagem internacional de dinheiro.
“Aqui
na Paraíba ele montou uma empresa de mineração de fachada e exportava, apenas
no papel, uma quantidade de minérios que chegava a um milhão de dólares, sem
que saísse uma pedra daqui. As empresas sediadas na Suíça faziam a remessa do
pagamento", explicou.
As
investigações indicam – mas ainda não comprovaram – que o dinheiro seria
oriundo de 'crimes falimentares', quando uma empresa usa de má-fé para abrir um
processo de falência e deixa de honrar os compromissos contraídos com os
credores.
Fabiano
Emídio ressaltou que a operação que desarticulou o esquema tem como objetivo
apenas a busca e apreensão e sequestro de bens móveis e imóveis. “Caso o
suspeito venha a ser preso, vai ser em decorrência do processo judicial. O
suspeito pode responder por lavagem de dinheiro e crime contra o sistema
financeiro”, acrescentou.
O
dinheiro entrou no Brasil pela Paraíba, mediante contratos de câmbio falsos. Em
território nacional, o dinheiro foi investido em nome de laranjas em
empreendimentos na Paraíba, no Mato Grosso do Sul, em Brasília e no Rio de
Janeiro. Em todos esses locais, a Polícia Federal cumpre mandados expedidos
pela Justiça Federal na Paraíba. Aproximadamente R$ 10 milhões devem ser
sequestrados nesta quarta-feira entre bens móveis e imóveis.
G1
PB
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