
O
professor falou que a Província Pegmatítica Borborema, inserida nos estados da
Paraíba e Rio Grande do Norte na mesorregião Seridó Oriental merece destaque
nos municípios onde são explorados têm um peso marcante na economia interna e
no desenvolvimento social da população.
“Em
território potiguar destacam-se os municípios de Parelhas, Currais Novos,
Equador e Carnaúba dos Dantas. Em território paraibano, os municípios com maior
vocação mineira são: Pedra Lavrada, Nova Palmeira, Frei Martinho, Junco do
Seridó, Picuí e Várzea, nos municípios onde são explorados têm um peso marcante
na economia interna e no desenvolvimento social da população, sendo na maioria
das vezes extraídos através dos garimpos e mineradoras de pequeno e médio
porte, esses municípios sediam atualmente seis cooperativas de mineração” - Destacou.
Para
Pádua os desafios que impedem a sustentabilidade da pequena mineração essencialmente
nos garimpos da Província Pegmatítica da Borborema em especial da região de Picuí e Frei
Martinho aonde o mesmo vem realizando pesquisas e visitando, e dialogando com
os mineradores estão relacionados à falta de pesquisa mineral, mapeamento
geológico básico, atividade mineira sem planejamento, degradação ambiental,
falta de capacitação técnica permanecendo as práticas rudimentares, presença do
atravessador na compra do minério, ou seja, a falta de logística , segurança do
trabalho comprometida, a atividade é realizada
na maioria das vezes sem o uso
dos EPIS (Equipamentos de Proteção Individual), é comum relatos de
trabalhos que foram mutilados durante o exercício laboral. “Esta situação reflete a precariedade do
setor mineral e das condições sócio econômicas dos pequenos mineradores desde o
início do século XX até os dias atuais” – Disse.
“Uma
alternativa para vencer estes desafios segundo ele seria com o fortalecimento
do Cooperativismo e com a contratação de profissionais da área como
engenheiros de minas, geólogos ou
técnicos em mineração para
atuarem na pequena mineração, desde a fase de pesquisa passando pela
legalização de áreas junto ao DNPM,
planejamento tecnológico, exploratório, mercadológico, ambiental, agregando
principalmente a segurança e saúde do trabalhador, adotando de uma
logística capaz de integrar toda cadeia produtiva. “É preciso que se tenha um acompanhamento e
uma assistência técnica permanente de um responsável técnico da área, ninguém
abre um hospital sem ter um médico responsável”- Frisou.
"Preciso
olhar o social, resgatar a autoestima dos pequenos mineradores, proporcionando
condições dignas de trabalho, realizar um trabalho com ações voltadas à
segurança no trabalho e a saúde ocupacional, conscientizando- os quanto ao uso
EPIS (Equipamentos de Proteção Individual) eliminando os riscos de acidentes,
que é tão comum, além das doenças
ocupacionais, a exemplo da SILICOSE, que tem matado trabalhadores nesta região,
preocupado com a situação idealizei juntamente com o professor e geólogo
Francisco Souza, o projeto “GARIMPO BOM, MINERAÇÃO RESPONSÁVEL, o objetivo do
projeto é fazer um levantamento das pessoas que
trabalham ou que já trabalharam com a extração de minérios, e ficaram expostos a silicose doença causada pela inalação de poeiras
contendo partículas finas de sílica livre cristalina livre e diante do levantamento buscar soluções PORÉM
TODOS ESTES TRABALHOS É VOLUNTÁRIO NÃO
TEMOS RECEBIDO APOIO DE NENHUM ÓRGÃO OU
INSTITUIÇÃO, FAZEMOS PORQUE ACREDITAMOS NO POTENCIAL ECONÔMICO DESTA REGIÃO” Concluiu.
Professor Sobrinho - Técnico em mineração
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