Mutirão da improbidade administrativa julga procedentes ações contra nove ex-prefeitos da PB.
Treze sentenças foram prolatadas
na primeira semana do esforço concentrado envolvendo ações de improbidade
administrativa e crimes contra a administração pública. Os números foram
apresentados, nesta sexta-feira (23), na comarca de Campina Grande, pelo
desembargador Leandro dos Santos, gestor da Meta 18 estabelecida pelo Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), e pelo juiz-coordenador do mutirão, Aluízio Bezerra
Filho.
O regime especial cumpre a
determinação da Meta 18, que tem o objetivo de julgar até o final do ano os
processos que tratam de improbidade administrativa e de crimes contra
administração pública que foram distribuídos até 31 de dezembro de 2011, nas
varas da Fazenda Pública das unidades judiciárias do Estado.
Conforme os dados, das 13
sentenças prolatadas, noves foram julgadas procedentes e quatro ações
improcedentes. Os processos que foram procedentes são contra os ex-gestores:
João Batista Dias (Caldas Brandão), José da Costa Maranhão (Borborema),
Alexciana Vieira Braga (Marizópolis), João Marques de Sousa (Malta), José Eudes
Honório Queiroga (São Domingos de Pombal), Sabiniano Fernandes de Medeiros
(Paulista), Damião Zelo Gouveia Neto (São Vicente do Seridó) e José Ivanildo
Barros Gouveia (Soledade), além da empresa Coneg – Engenharia e Construção, em
Bananeiras.
Já os processos que foram
julgados improcedentes (também envolver ex-prefeitos) são os seguintes: Saulo
Rolim Soares (Caldas Brandão), Maria de Fátima Aquino Paulino (Guarabira),
Valceny Hermínio de Andrade (Santarém) e Damião Zelo Gouveia Neto (São Vicente
do Seridó). Este teve dois feitos apreciados pelo esforço concentrado.
Ao apresentar os números, o
desembargador Leandro ressaltou que o esforço concentrado visa cumprir a lei,
de forma rigorosa, para todo gestor que não agiu corretamente durante a administração
pública. “O Brasil está numa época de compromisso com a probidade. Todos nós
sabemos que o Judiciário tem esse compromisso de defesa do erário e de julgar
ações contra aqueles que são acusados da má-gestão pública”, assegurou o
desembargador.
Para o juiz Aluízio Bezerra Filho
não só os processos listados no mutirão devem ser priorizados, mas todos os
feitos relacionados à improbidade e crimes de administração. “Por meio desse
grupo de trabalho formado, por magistrados e servidores, o Tribunal de Justiça
está prestando conta à sociedade em cumprimento a Meta 18”.
Ele explicou ainda que as
penalidades previstas em lei para casos de improbidade são a perda de cargo
público, aplicação de multa civil, suspensão dos direitos políticos e proibição
de contratar com o Poder Público. “São medidas fortes que afastam o agente
político da vida pública, o que vai repercutir também na Lei da Ficha Limpa”,
disse.
O mutirão teve início no último
dia 16, acontecerá num prazo de 60 dias e abrange as 20 comarcas que possuem
mais feitos envolvendo o assunto em questão. O esforço conta com a atuação de
10 juízes, acompanhados de seus assessores e servidores. O trabalho ocorrerá
sempre nas sextas-feiras (à tarde) e aos sábados, por um período de seis
semanas, em dois núcleos, situados em João Pessoa e Campina Grande.
O núcleo de Campina Grande
abrangerá os feitos das regiões do Agreste, Sertão e Cariri; já na Capital vai
avaliar os processos da Região Metropolitana e do Brejo. As comarcas de Sousa,
Itaporanga e Pombal são as unidades judiciais com maior número de processos –
em torno de 70, cada.
Estão atuando na unidade os
juízes João Batista Vasconcelos, Antônio Carneiro de Paiva Júnior, Algacir
Rodrigues e Jailson Shizue, no Núcleo de Campina Grande. Já os magistrados
Falkandre de Sousa, Diego Fernandes, Fabrício Meira, Ely Jorge Trindade, Manuel
Maria Antunes e Fábio José de Oliveira, atuam no Núcleo da comarca da Capital.
O esforço concentrado acontece
nas Varas da Fazenda Pública de João Pessoa, Campina Grande, Sousa, Itaporanga,
Teixeira, Cajazeiras, Areia, Gurinhém, Prata, Brejo do Cruz, Patos, Pombal,
Alagoinha, Barra de Santa Rosa, Serraria, Piancó, Uiraúna, Cabedelo, Ingá,
Guarabira, 1ª Vara Criminal de Campina e 6ª Vara Regional de Mangabeira,
privativas de atos de improbidade administrativa e crimes contra a
administração pública.
FONTE: TJPB


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